O caminho para mestrado e doutorado no exterior está mais curto

23 de setembro de 2019
Divulgação

Luan Feitosa, fundador e CEO da Integralize

O Brasil formou cerca de 60 mil mestres e 20 mil doutores em 2016, segundo dados da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). No início da década, os números eram ainda mais tímidos: 58 doutores para cada 1 milhão de habitantes, muito atrás de países como Alemanha (318 doutores por milhão de habitantes) e Suíça (486). Apesar do recente crescimento em nossas estatísticas, o número de mestres e doutores continua baixo. Ainda é um desafio cursar uma pós-graduação stricto sensu (mestrados e doutorados) no país – os processos seletivos são rigorosos e o investimento, tanto financeiro quanto de tempo, é alto.

Muitos países vivem realidade semelhante. Por isso, essa demanda, aliada aos avanços tecnológicos da internet, deu origem aos moocs (massive open online courses), cursos online de baixo custo ou gratuitos e em grande escala. Plataformas firmaram parcerias com instituições internacionais de ensino para oferecer esses cursos – como os das Udemy (fundada pelo turco Eren Bali em 2009), da EDX (criada em conjunto por MIT e Harvard em 2012) e da Coursera (idealizada por professores de Stanford também em 2012).

No Brasil, uma das plataformas a utilizar o sistema de moocs é a Integralize, fundada em 2018 pelo gaúcho Luan Trindade Feitosa. Graduado em direito e administração (atuou por 12 anos na direção de grandes empresas), ele atuava como captador de alunos para instituições estrangeiras quando percebeu a dimensão do desejo de muitos brasileiros de cursar um mestrado ou doutorado no Brasil e no exterior – e o impacto disso na vida das pessoas. “A empresa nasceu a partir de um tripé que impossibilitava a realização desse sonho. Primeiro ponto: a dificuldade de acesso. Os cursos de pós-graduação stricto sensu carregam com eles processos seletivos com um grau exagerado de
rigor. Segundo: o valor do investimento sempre foi muito alto – tenho relatos de alunos que estavam divididos entre investir na casa própria ou no mestrado. Terceiro: a falta de tempo para se dedicar a um curso dessa natureza, tendo que conciliar trabalho, família e projetos pessoais”, afirma Feitosa.

A estratégia – que se mostraria pioneira – foi inverter o jogo justamente em cima desse tripé. “No quesito
acessibilidade, surgiu a ideia da integralização de créditos educacionais, modelo já validado nos Estados Unidos e na Espanha. No Brasil, apesar de existir nas graduações (para complementação pedagógica e segunda licenciatura, por exemplo), quando se trata de mestrado e doutorado, esse sistema ainda é pouco conhecido”, afirma o empreendedor. Pela integralização de créditos, pode-se aproveitar disciplinas das pós-graduações lato sensu (especializações e MBAs) e convertê-las em um mestrado internacional ou então transformar um mestrado em doutorado internacional.

Sobre o investimento: “As parcerias com as universidades viabilizaram bolsas de 100% nas mensalidades”, comemora. Por fim, pensando na otimização do tempo dos interessados, a Integralize oferece a opção EAD (ensino a distância). A meta é beneficiar 300 mil alunos até julho de 2021.

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