Maioria dos estudantes menos favorecidos quer trabalhar com tecnologia, diz pesquisa

Tanto racial quanto de gênero, a falta de representatividade acaba influenciando em diversos outros aspectos sociais

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A falta de diversidade no mercado tecnológico é um assunto importante e que precisa ser discutido. Tanto racial quanto de gênero, esta falta de representatividade acaba influenciando em diversos outros aspectos sociais. Felizmente, uma pesquisa conduzida pela Fundação Creating IT Futures mostrou que ainda assim a juventude norte-americana está motivada: 3 entre as 10 primeiras escolhas de carreira dos jovens negros e hispânicos de famílias com renda baixa são da área de tecnologia.

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O estudo mostra um forte interesse entre os estudantes menos favorecidos pelo mercado tecnológico. Mas outros dados da pesquisa apontam para um aspecto preocupante: a grande maioria não acredita ter as habilidades necessárias para cargos tech. Quase 50% dos entrevistados reportam que foram desencorajados pelos pais ou pelos professores.

Se o interesse não vem da aptidão, da onde surge? Segundo 47% dos entrevistados, do salário. Estes estudantes cresceram com a realidade de uma economia bamba e altas taxas de desemprego como plano de fundo; eles foram bombardeados com imagens de inovadores tecnológicos (como Mark Zuckerbeg) e deuses seculares (como Steve Jobs).

Mesmo que sejam atraídos pelo dinheiro, é certo que essa juventude espelha-se nestes grandes exemplos – mas sem o incentivo e a representatividade necessários. No Google, por exemplo, 94% dos cargos tech são ocupados por brancos ou asiáticos. E destes, 83% são homens. A questão é como não deixar o entusiasmo juvenil desaparecer, para que um dia se converta em ganhos profissionais para toda uma sociedade.

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