Nos próximos 20 anos, é provável que testemunhemos algumas das rupturas mais significativas na força de trabalho e na forma como trabalhávamos até pouco tempo. Isso tem sido impulsionado pelas tendências demográficas e socioeconômicas da última década, como a rápida urbanização e a globalização, aliadas a avanços ainda mais rápidos em tecnologia, desde a internet móvel até o aumento da automação e machine learning.
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Instituições globais líderes, do Banco Mundial ao MIT, têm investido esforços e iniciativas focadas em entender a evolução dos empregos e em abordar uma questão-chave: como os talentos podem ser desenvolvidos e implantados para garantir que mais de 7 bilhões de pessoas possam exercer suas potencialidades profissionais?
Veja, na galeria de fotos abaixo, três observações primordiais sobre a nossa forma de trabalho:
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iStock A força de trabalho será transformada
Em 2013, Carl Benedikt Frey e Michael Osborne examinaram o grau de suscetibilidade à informatização de mais de 700 emprego. Eles descobriram que 47% dos trabalhadores nos Estados Unidos tinham empregos com alto risco de automação em potencial. A vulnerabilidade de um trabalho tinha correlação direta com a rotina, o que colocava em risco empregos para motoristas de táxi, contadores e operadores de telemarketing e afetava indústrias como transporte e logística, suporte de escritório e vendas e serviços.
A McKinsey oferece uma projeção mais sutil de que, em cerca de 60% de todas as ocupações, um terço dos empregos pode ser automatizado. Outra distinção importante é que esses números variam muito de país para país. Como explica a McKinsey, “em termos absolutos, a China tem o maior número de trabalhadores que precisam mudar de ocupação, até 100 milhões, se a automação for adotada rapidamente, ou 12% da força de trabalho de 2030”.
Fatores adicionais, como a crescente população de idosos, criarão uma demanda significativa para ocupações novas e já existentes. Segundo a análise da Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos e do McKinsey Global Institute, espera-se que a demanda por médicos, enfermeiros, farmacêuticos e técnicos de saúde aumente em 122% na China e em 242% na Índia, enquanto crescerá cerca de 18% nos Estados Unidos, com aumentos semelhantes de dois dígitos em outras economias desenvolvidas.
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iStock Os empregos vão mudar
No início deste ano, em Davos, o fundador da chinesa Sinovation Ventures, Kai Fu Lee, compartilhou características de empregos que não seriam substituídos por máquinas: criatividade (pesquisa e trabalhos acadêmicos), complexidade (estratégia e cargos gerenciais), destreza (engenheiros aéreos, assim como encanadores) e empatia e compaixão (prestadores de cuidados, professores).
As discussões em torno da força de trabalho híbrida, em que os seres humanos são ajudados por máquinas, concentram-se em maneiras como a inteligência artificial (AI) e a automação podem tornar as tarefas manuais e de rotina mais fáceis e eficientes. Outros desenvolvimentos, como a urbanização contínua, o aumento dos investimentos em infraestrutura e a participação da força de trabalho feminina (especialmente nos mercados emergentes), darão origem ao aumento da demanda por novas profissões. A McKinsey estima que entre 60 milhões e 375 milhões vagas da força de trabalho de 2030 estarão em novas ocupações.
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iStock Nova demanda profissional
Há alguns anos, a Intuit previu que mais de 40% da força de trabalho norte-americana, ou mais de 50 milhões de pessoas, serão trabalhadores independentes, como freelancers, empreiteiros e empregados temporários, até 2020. O Banco Central dos Estados Unidos divulgou recentemente um relatório que informa que quase um terço dos adultos nos Estados Unidos se envolveu em alguma forma de trabalho independente, seja como trabalho principal ou para suplementar outras fontes de renda. Segundo o Pew Research Center, “24% dos norte-americanos ganharam dinheiro com o mercado de plataformas digitais no ano passado”. Airbnb, Lyft, Task Rabbit, Shapeways, Etsy e centenas de outras plataformas estão revolucionando empregos e a natureza do mercado de trabalho nos EUA e em todo o mundo.
Além da economia independente e freelance, há um surto significativo de empregos que não exigem graus avançados de formação, de administradores de sistemas e de nuvem, passando por profissionais de segurança cibernética e de informação até vários operadores de equipamentos de diagnóstico médico. Empresas de inovação tecnológica começam a investir em sua futura força de trabalho, por meio de treinamento e reciclagem de funcionários atuais, por meio de programas de aprendizado e iniciativas de requalificação técnica, ou por organizações de apoio que ajudam a preencher as lacunas de habilidades e oportunidades.
A força de trabalho será transformada
Em 2013, Carl Benedikt Frey e Michael Osborne examinaram o grau de suscetibilidade à informatização de mais de 700 emprego. Eles descobriram que 47% dos trabalhadores nos Estados Unidos tinham empregos com alto risco de automação em potencial. A vulnerabilidade de um trabalho tinha correlação direta com a rotina, o que colocava em risco empregos para motoristas de táxi, contadores e operadores de telemarketing e afetava indústrias como transporte e logística, suporte de escritório e vendas e serviços.
A McKinsey oferece uma projeção mais sutil de que, em cerca de 60% de todas as ocupações, um terço dos empregos pode ser automatizado. Outra distinção importante é que esses números variam muito de país para país. Como explica a McKinsey, “em termos absolutos, a China tem o maior número de trabalhadores que precisam mudar de ocupação, até 100 milhões, se a automação for adotada rapidamente, ou 12% da força de trabalho de 2030”.
Fatores adicionais, como a crescente população de idosos, criarão uma demanda significativa para ocupações novas e já existentes. Segundo a análise da Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos e do McKinsey Global Institute, espera-se que a demanda por médicos, enfermeiros, farmacêuticos e técnicos de saúde aumente em 122% na China e em 242% na Índia, enquanto crescerá cerca de 18% nos Estados Unidos, com aumentos semelhantes de dois dígitos em outras economias desenvolvidas.