Resumo:
- A dificuldade de encontrar satisfação no trabalho ainda é uma realidade, o que faz muitos sonharem com outra vida;
- Aprender a encontrar e focar nas atividades que o energizam é essencial para a saúde e o bom trabalho;
- Conheça três ferramentas podem ajudar a cavar nossa essência e a encontrar o que gostamos de fazer.
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“Eu só quero largar meu emprego e ir trabalhar em um bar!”, desabafou Sarah em um workshop que ministrei. Estávamos em uma conversa sobre aspirações na carreira. Quando paramos de rir sobre sua declaração inesperada, perguntei a ela o que a encantava tanto sobre ser uma atendente em um bar. “Quer mais do que as bebidas e as gorjetas?” disse, saindo-se bem. E pensou por alguns instantes antes de dizer: “Eu amo emprestar um ouvido amigo para os outros”.
Como exploramos depois, Sarah descobriu ter mais disposição para criar um espaço seguro em que os outros podem se abrir, serem ouvidos e se sentirem melhor. Conforme cavamos mais profundamente, ela percebeu que seria realmente energizante para ela propagar a criação de uma cultura de segurança psicológica em seu local de trabalho. Começou a explorar como poderia ampliar seu papel nos recursos humanos. Até então, Sarah ainda não havia conectado os pontos de que podia ter uma experiência de atendente de bar no seu trabalho.
Assim como Sarah, muitos de nós sonhamos em largar nossos empregos e buscar uma real realização. “O que ainda estou fazendo aqui?”, muitos ponderam, com a energia exaurida no final de um longo dia. Procrastinamos o encontro de um trabalho significante até termos um pouco mais de segurança financeira. Talvez pensemos que o trabalho é apenas para pagar as contas no final do mês e procuramos satisfação em outro lugar. Isso deixa muito de nós desestimulados e gera um custo de bilhões de dólares para as organizações.
Os últimos dados do Gallup sobre os locais de trabalho dos EUA sugerem que perto de 70% dos trabalhadores não estão completamente engajados no trabalho e 16% estão definitivamente desestimulados por completo. E, talvez mais importante, nosso desestímulo impacta as pessoas com as quais nos importamos, já que muitos de nós carregamos nosso esgotamento para dentro de casa.
Além da satisfação pessoal, nossos locais de trabalho precisam de nosso engajamento, resiliência e criatividade completos para resolver os duros desafios do dia a dia. O divisor de águas para Sarah (e para cada um de nós que procuramos esse preenchimento) foi quando ela cavou sua essência para se conhecer melhor.
A poeta Mary Oliver um dia perguntou: “Diga-me qual é seu plano sobre o que fazer com sua preciosa e livre vida?”. O trabalho é nosso. O tempo é agora. Nós todos precisamos estar completamente engajados em nossos propósitos, só assim podemos solucionar os problemas que importam para nós.
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Cada vez mais as organizações estão focadas em seus próprios propósitos e em ajudar seus colaboradores a se conectarem de forma significativa com o trabalho. Brighthouse, uma companhia de consultoria de grupo de Boston (EUA), ajuda organizações a encontrarem seus objetivos. A CEO, Ashley Grice, fala sobre como organizações podem encontrar seu propósito e o usar para causar impacto. “Propósitos possuem impactos emocionais e financeiros. O campo de trabalho cresceu muito em termos do que os funcionários esperam dos empregadores para fazer a diferença no mundo.”
De fato, investidores como Larry Fink, CEO da BlackRock, têm estimulado as organizações a pensarem a longo prazo sobre o foco em seus propósitos. Como Ashley diz, a chave da realização de seus objetivos não é apenas uma ótima declaração ou reconhecimento, mas sim organizar um conjunto de princípios que atuam como guarda costas e ajudam os funcionários a trazerem um propósito nas decisões e comportamentos do dia a dia. Como líderes em organizações, grandes ou pequenas, considero nossa responsabilidade criar locais de trabalho em que as pessoas possam prosperar e fazer suas melhores contribuições, assim fica até mais simples engajar cada vez mais pessoas na conversa sobre propósitos.
Veja, na galeria de fotos abaixo, três ferramentas para o ajudar a descobrir e renovar seu propósito no trabalho:
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Gettyimages/Westend61 1ª ferramenta: seu mapa de energia
Isso o ajuda a fazer um balanço sobre quais tarefas o energizam e quais o sugam. Eu uso isso com meus clientes de coaching para os ajudar a determinar onde eles devem gastar seu tempo para conquistar uma eficácia ideal e evitar o burnout.
Você pode criar esse mapa ou baixar um modelo na internet e o preencher. Analise as atividades com base na capacidade de energização ou esgotamento que elas reproduzem em você, além do impacto delas no avanço de seus objetivos. O quadrante à direita na parte superior é onde devemos gastar a maior parte de nosso tempo. Descarte qualquer atividade no canto inferior esquerdo. Eu descobri que esse mapa me ajuda a perceber minha energia ao longo do dia, então, tente outras práticas simples de mindfulness aqui.
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2ª ferramenta: sua declaração de propósito pessoal
Há três passos para fazer isso. Primeiro, liste algumas pessoas importantes para você e pergunte qual o principal valor que você transmite a elas. Isso o ajuda a entender qual seu melhor jeito de servir os outros. Segundo, descubra as atividades em que se sente mais energizado. Terceiro, encontre a sobreposição entre como você serve os outros e o que você acha mais energizante.
Seu propósito é simplesmente a forma como você serve o mundo e se sente verdadeiramente inspirado. Por exemplo, meu propósito declarado é: eu me conecto profundamente com os outros para os ajudar a se tornarem líderes transformadores que fazem do mundo um lugar melhor para todos. Descubra o seu propósito e procure por oportunidades que o tragam para a sua vida e o seu trabalho.
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Gettyimages/CaiaimageChrisRyan 3ª ferramenta: o seu trabalho ideal
Aqui estão três questões para se fazer: Que tipo de atividade de trabalho me energiza? Que contribuição que eu faço para os outros e me inspira? Que pontos fortes eu gosto de exercitar?
Uma vez que você tem essas respostas esclarecidas, encontre um amigo para debater quais conjuntos de experiências você gostaria de adicionar ao seu portfólio de trabalho. Não foque exclusivamente no próximo papel de sua jornada de trabalho, mas sim nas experiências ou projetos (ou até atividades voluntárias) no trabalho que são energizantes, pelos quais você pode contribuir com conjuntos de habilidades que gosta de exercitar. Quando você se voluntaria para um projeto ou realiza uma tarefa que lhe dá a sensação de preenchimento, essa energia positiva transborda no seu dia de trabalho. Os outros vão notar suas contribuições positivas. Você pode até escolher compartilhar esse conhecimento com seu chefe para alinhar seus projetos cada vez mais com suas melhores capacidades de contribuição.
1ª ferramenta: seu mapa de energia
Isso o ajuda a fazer um balanço sobre quais tarefas o energizam e quais o sugam. Eu uso isso com meus clientes de coaching para os ajudar a determinar onde eles devem gastar seu tempo para conquistar uma eficácia ideal e evitar o burnout.
Você pode criar esse mapa ou baixar um modelo na internet e o preencher. Analise as atividades com base na capacidade de energização ou esgotamento que elas reproduzem em você, além do impacto delas no avanço de seus objetivos. O quadrante à direita na parte superior é onde devemos gastar a maior parte de nosso tempo. Descarte qualquer atividade no canto inferior esquerdo. Eu descobri que esse mapa me ajuda a perceber minha energia ao longo do dia, então, tente outras práticas simples de mindfulness aqui.
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