C-Suite: Manuel Flahault é o novo diretor geral para América do Sul da Air France-KLM
Redação
6 de outubro de 2021
Manuel Flahault
Manuel Flahault, novo diretor geral para América do Sul da Air France-KLM: depois dessa crise, haverá maior
O C-Suite desta quinzena traz destaque para as movimentações no setor de tecnologia. A F360º, plataforma de gestão de backoffice para varejistas, reforçou sua equipe com a chegada de Guilherme Argollo, novo head de business development, Matheus Carneiro, head de growth, e Guilherme Pimentel, novo head de produtos. A legaltech Oystr, desenvolvedora de robôs para o departamento jurídico, anunciou Maria Texeira como a nova head de marketing e comercial da empresa, enquanto o Pipefy, software de gerenciamento de processos e negócios, anunciou Patricia Reed como a vice-presidente de People.
No setor automotivo, a Volkswagen do Brasil anunciou que Luiz Eduardo Alvarez assumirá a vice-presidência de suprimentos da marca para todo o mercado nacional e região SAM a partir de novembro. A química e farmacêutica Bayer comunicou ao mercado mais uma mudança em sua alta liderança no Brasil. O executivo André Kraide, que era vice-presidente da divisão agrícola da companhia, passará a liderar a operação nacional de RH, acumulando a função de vice-presidente de RH de Crop Science – divisão agro – da marca na América Latina.
Nesta edição, o C-Suite conversou com Manuel Flahault, novo diretor geral para a América do Sul da Air France-KLM. Flahault já está familiarizado com o mercado de aviação da América Latina, pois assumiu o posto de diretor comercial na Argentina em 2003. A seguir, os planos do executivo no novo cargo:
Forbes: As companhias aéreas foram um dos setores mais afetados pelo bloqueio de fronteiras durante a pandemia. Como você analisa o mercado atual do Brasil depois desse período de crise?
MF: Estamos observando uma melhora contínua no mercado local à medida que a Europa e outros países reabrem suas fronteiras para brasileiros. Na esteira disso, e por acreditar no potencial do Brasil, que é um dos mercados prioritários do Grupo Air France-KLM, estamos gradualmente ampliando as nossas operações, com novos voos anunciados para Fortaleza e Rio de Janeiro. Evidentemente continuamos acompanhando a situação da pandemia e estamos felizes pelo avanço da vacinação no país, medida tão importante para que os brasileiros possam atravessar fronteiras ao redor do mundo. Ao mesmo tempo, seguimos atuando com muita responsabilidade e cuidado para garantirmos a segurança dos clientes e colaboradores.
F: Qual vai ser o maior objetivo pós-pandemia para o setor aéreo?
MF: Semdúvidas que o setor aéreo será fundamental para as retomadas econômicas por movimentar um ecossistema enorme de serviços que não ficam restritos apenas ao ambiente aeroportuário. Falando especificamente do nosso setor, estamos olhando para a continuação da recuperação da nossa malha aérea, de modo a atender à demanda crescente e buscar um volume cada vez maior de receita com a responsabilidade redobrada que o momento exige. Este é um cenário sinaliza que estamos no caminho para retomarmos os níveis de oferta pré-pandemia. Sairemos desta crise com um olhar mais profundo para o tema da sustentabilidade, que já era prioridade no grupo mas que agora ganha mais relevância.
F: Você enxerga alguma tendência de consumo para essa fase de retomada?
MF: Temos observado uma procura mais acentuada por viagens de lazer ou relacionadas a pessoas trabalhando em home office, com mais flexibilidade de tempo. Esta é uma tendência natural, pelo menos neste momento, uma vez que diversas empresas seguem atuando de forma remota e com reuniões sendo feitas totalmente on-line, o que consequentemente limita as viagens corporativas. No entanto, acredito que, ao longo dos próximos meses, veremos uma retomada nas viagens a trabalho, com novas medidas de flexibilização e mais empresas voltando à rotina do escritório. Não há dúvida de que o contato presencial continua sendo muito importante e, para muitos segmentos, é absolutamente essencial. Isso ficou muito claro nos momentos mais agudos da pandemia.
F: O que você espera dos primeiros seis meses como novo diretor geral para América do Sul da Air France-KLM?
MF: Já estive baseado em Buenos Aires há alguns anos, então conheço um pouco da realidade local, mas estamos vivendo um momento completamente diferente. Estamos, no momento, atuando para a recuperação das operações na América do Sul, e para isso estamos trabalhando fortemente ao lado de nossos parceiros, como a GOL e os agentes de viagem, para entendermos as necessidades dos clientes e os próximos passos que devemos dar para estarmos bem posicionados à medida que a pandemia seja superada.
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