C-Suite: Rafaela Vitória assume como head de Research no Banco Inter

29 de novembro de 2021
Divulgação

A executiva Rafaela Vitória é a nova head de Research do Inter. Ela assume a posição em conjunto com a de economista-chefe

O C-Suite desta quinzena traz movimentações de cargos nas áreas de estratégia, marketing e produto. As novidades começam com a chegada de André Pandolfi, novo CEO da APEX Brasil.  A Petrobras também conta com um novo rosto: Luiz Cristiano Oliveira de Andrade, que agora assume como Ouvidor-Geral na gigante do setor petroquímico. Na ViacomCBS Networks Américas, dois novos profissionais na sua divisão de Consumer Products: Victor Fonseca, como vice-presidente de licenciamento para Brasil, México, Caribe, América Central, Colômbia e Equador; e Carolina Melillo, que será diretora de Licenciamento e Promoções para Argentina, Chile e Peru.

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Nesta edição, C-Suite conversou com Rafaela Vitória, nova head de Research no Banco Inter. Vitória assume a nova posição com planos de expansão da área. A seguir, a executiva conta um pouco mais sobre a sua trajetória e expectativas para o setor bancário em 2022.

Forbes: Quais foram os principais aprendizados durante sua carreira e que você aplica hoje?

Rafaela Vitória: O principal aprendizado na minha carreira é poder trabalhar em uma área que eu gosto muito, que é a de pesquisa e análise. É uma área muito importante não só para o mercado, mas para toda essa nova geração de investidores que estão vindo aí. Fora isso, são muitos aprendizados. Eu tenho uma longa carreira no mercado financeiro. Ingressei no setor em 1994, passei por diferentes áreas e tive diversas experiências. Eu acho que todas elas me ajudaram a crescer e me desenvolver como profissional. A base da minha carreira está em gostar muito do que eu gosto, que é ser analista. Eu sou pesquisadora, economista e diretora de Research. Apesar de tudo isso, o que eu mais gosto de fazer é estudar e analisar. Tudo isso me ajuda muito no meu desenvolvimento profissional. Eu tô no dia a dia, fazendo algo que me identifico, que me dá prazer e que ao mesmo tempo me faz crescer. 

Forbes: Você sente que estar fazendo o que você gosta é um dos fatores que alavancou sua carreira?

RV: Eu acredito. No mercado financeiro a gente tem longas horas de trabalho. É uma função que demanda bastante. Ajuda muito quando você se identifica com o seu trabalho. Então, sem dúvidas, gostar do que eu faço é muito importante para o meu desenvolvimento profissional. 

Forbes: Além de ocupar a posição de economista-chefe, você agora também é a titular da cadeira de head de Research. Como assumir esse novo cargo muda sua rotina e suas perspectivas profissionais?

RV: Agora, muito além de fazer boas análises, também preciso administrar uma equipe. Fazer essa gestão de pessoas e auxiliar no desenvolvimento profissional de cada uma delas é um desafio em tanto. Essa é uma posição que também me traz muita motivação. Quando somos pesquisadores e analistas, a gente tem uma limitação muito grande do que podemos fazer sozinhas. Agora, quando contamos com um time, esse trabalho é multiplicado com mais pessoas. Essa perspectiva de aumentar a nossa capacidade de criar novas análises e novas recomendações me deixa muito feliz. Já contávamos com um pequeno time, mas agora ele cresceu e a perspectiva é continuar com essa expansão.

Forbes: Você mencionou a gestão de uma equipe como um dos novos desafios que essa jornada traz. Na sua visão, qual seria a principal característica de um bom gestor?

RV: Cada gestor tem características diferentes. No meu caso, enxergo que dar um bom exemplo para sua equipe é um ponto essencial. Como eu falei, eu sou a diretora da área, mas também sou uma analista. Então eu também faço modelos, também programo e escrevo meus próprios relatórios. Claro, parte das minhas responsabilidades é assinar e atestar o trabalho da minha equipe. Mas fora isso, também sou responsável pela minha própria produção. Logo, dar um bom exemplo é uma maneira de fazer uma boa gestão. Um segundo ponto é que, ao fazer a gestão de pessoas, é importante orientar esses profissionais de forma que eles cresçam profissionalmente. Eu tenho uma longa trajetória, e ao longo da minha carreira eu também complementei meu currículo com estudos. Não só com a faculdade de economia, mas eu fiz mais de uma pós-graduação, fiz certificações no mercado e eu acho que elas me ajudaram muito — principalmente quando fiz mudanças de carreira. Nesse processo, eu adquiri múltiplas experiências.  Analisei crédito, equity, fiz um pouco de gestão de fundos e depois fui fazer o CGA, que é uma certificação de gestão. Nesse processo, percebi que a formação de um economista é muito teórica. Logo, busquei fazer uma pós-graduação em finanças. Essa bagagem aprimora muito a nossa forma de ver o dia a dia do mercado. É muito bom ter uma visão de economista, mas também é necessário uma visão prática de mercado. Afinal, as experiências na academia e no mercado são diferentes. Em inglês existe até uma terminologia para isso: booksmart e streetsmart. Eu acho que os dois se complementam. Você não vai trabalhar no mercado financeiro e ser um bom profissional se você só aprende fazendo, sem embasamento teórico. Nesse ponto, o estudo complementa muito. Ao mesmo tempo, quem está a muito tempo na academia, isolado em uma linha muito teórica e sem vivência de mercado, também perde esse importante complemento. Estudo e experiência se complementam, e é com essa visão que eu quero ajudar meu time a se desenvolver. 

Forbes: E agora, o que você espera dos próximos seis meses nessa posição de head de Research?

RV: Eu espero que a gente consolide o trabalho que já começamos: que é o de prover boas análises para o mercado. Mas eu também espero expandir a área. A gente tem condição de estruturar o departamento para ter uma cobertura ainda mais completa. Entendemos que esse é um mercado que tem muitas oportunidades. O Inter é um banco voltado para o varejo, então a gente tem definido que nosso público-alvo é o investidor pessoa física. O investidor profissional já está muito bem servido, já contando com muito conteúdo à disposição. Agora, a gente quer pegar esse conteúdo e o direcionar para a pessoa física. A meta para os próximos 6 meses é expandir nossa oferta de análises e recomendações de investimentos para esse público que não para de crescer. 

Forbes: Você enxerga alguma tendência para o setor bancário em 2022. 

RV: O ano de 2022 vai ser um ano de bastante desafios. É um ano de eleição e a gente tem um cenário bem desafiador de inflação alta e juros subindo. Tudo isso tende a segurar um pouco a economia. Mas, por outro lado, o setor bancário também está passando por uma revolução. Ela começou a alguns anos, mas a pandemia acelerou ainda mais essas transformações. Hoje, o Banco Central vem permitindo que o setor se torne mais competitivo, dando espaço para atuação das fintechs. Isso permite que o setor continue crescendo, ainda mais com a possibilidade que a tecnologia dá de criar ofertas de novos produtos e serviços a custos menores. Resumindo, é um cenário desafiador e de muita competição.Também temos um cenário macro com alguns riscos no caminho. Mas, ao mesmo tempo, a gente tá bem animado com as oportunidades que temos para crescer e explorar. 

Forbes: O que faz um profissional de Research em uma empresa de serviços financeiros?

RV: O profissional de Research trabalha com inteligência de investimentos. Ele é o responsável por fazer pesquisa e análise de investimentos, esses que podem ser desde ações negociadas na bolsa até mesmo fundos imobiliários, renda fixa e criptomoedas. A função básica desse profissional é entender o mercado e compartilhar conhecimento de forma que ele auxilie os investidores a tomar decisões. Essa é uma função de pesquisa, análise e estudo. Dentre suas principais características, esse profissional precisa estar sempre estudando, conhecendo, conversando e aprimorando sua habilidade de trabalhar com números. 

Forbes: Você citou algumas características interessantes que um profissional de Research precisa ter. Além delas, quais outras habilidades você considera importante na hora de contratar?

RV: Eu considero as habilidades quantitativas muito importantes. Você precisa ter uma formação técnica muito boa, entender de análise de balanços e programação. A programação, em específico, é um conhecimento que está entrando cada vez mais no nosso dia a dia. Hoje, entender só de planilhas de excel é pouco, é preciso ser capaz de criar modelos de projeção. Outra habilidade importante é ter uma capacidade analítica aguçada. Quem tem este skill é sempre curioso e questionador. É a pessoa que fala: “Eu quero entender mais, eu quero perguntar e eu quero saber.” Lógico, alguns analistas vão ser mais especialistas em determinados assuntos do que outros. Mas ter essa capacidade de questionar, de criticar e buscar conhecimento é importante para desde o profissional mais generalista até o especializado.

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