Eu não pensava em criar uma grande empresa, que poderia gerar muito lucro e um dia até ser vendida — como vi depois ser o caso de muitos empreendedores que conheci. Mas com o tempo, o trabalho bem feito começou a gerar resultados muito além das minhas expectativas até ali. Os planos, então, foram evoluindo, sendo lapidados, se tornando mais ambiciosos. Sem nunca abrir mão do objetivo original, do porquê comecei tudo isso, do que continua sendo inegociável.
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Quando eu ouvia donos e donas de empresas, executivos e executivas de grandes organizações, como repórter de revista, me intrigava que o maior desafio de empreender era, na grande maioria das vezes, encontrar, formar e manter as pessoas para o sucesso e a perenidade do negócio (não é coincidência que todos os problemas corporativos pareciam passar pelo tema da comunicação). Desde que passei para o lado de lá do balcão, engrosso o coro deles com minha experiência. Encontrar pessoas que, dentro de suas individualidades e sonhos particulares, desejem trilhar o mesmo caminho no longo prazo é o aspecto determinante para os capítulos que vêm depois do início.
O perfil das pessoas vai mudando com o amadurecimento do negócio, da mesma forma que o negócio vai amadurecendo de acordo com o perfil das pessoas que fazem parte dele em cada etapa — um não existe sem o outro, e é difícil identificar o que vem primeiro. O importante é aceitar que (como tudo na vida) não controlamos completamente o resultado. Podemos dominar aquela parcela que está ao nosso alcance, mas muito depende da força do coletivo, e o coletivo é a soma dos anseios íntimos, individuais e indomáveis que existem em cada um de nós.
Por isso, a empresa ter um propósito claro e bem comunicado é fundamental para atrair as pessoas que, por seus motivos particulares, se identificam com ele. As pessoas prováveis para o sucesso de qualquer negócio.
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