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Agora, o homem mais rico do mundo pretende investir no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor no Brasil de zika, dengue e chikungunya. Gates, o fundador da Microsoft, revelou ontem (18), em Genebra, Suíça, que estabeleceu um acordo com o governo e outras entidades dos Estados Unidos no ano passado para doar US$ 18 milhões para pesquisas de modificação genética dos mosquitos, com o objetivo de torná-los estéreis.
Assessores de Gates dizem que esta pode ser a iniciativa de saúde de maior impacto da Gates Foundation, organização que já investiu mais de US$ 500 milhões no combate de doençasLEIA TAMBÉM: 20 fatos inusitados sobre Bill Gates
O plano dos cientistas é colocar a bactéria Wolbachia no mosquito. A partir disso, as próximas gerações do inseto não teriam a capacidade de transmitir a doença, por serem estéreis. A bactéria está presente em 60% dos mosquitos e de outros insetos – mas não no Aedes aegypti. Caso os testes apresentem resultados positivos, a proteção da população dos locais afetados pode aumentar em 40%. “Essa é a novidade. Até o final do ano saberemos se isso vai funcionar”, disse o bilionário.
Além desses experimentos, de acordo com o jornal, o bilionário também revelou que está investindo em novos pesticidas. Entre 2005 e 2016, investiu US$ 100 milhões em um projeto de pesquisas no Reino Unido e já prometeu investir mais US$ 75 milhões. “Estamos fazendo muito esforço para lidar com o controle de vetores. Aqueles produtos que temos hoje, já criaram resistência [nos mosquitos]”, afirmou. De acordo com Gates, o financiamento passou por um debate na Organização Mundial de Saúde (OMS) para assegurar que esses novos químicos estejam dentro das normas estabelecidas.
Independentemente dos investimentos, Gates revelou que, apesar de tentativas de encontrar parceiros no Brasil, ele não conseguiu fechar um acordo com institutos do país para apoiar o desenvolvimento de vacinas. “Há um grande trabalho no Brasil. Mas, por enquanto, não temos uma vacina”, afirmou o bilionário.