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Ao menos 30 Estados norte-americanos legalizaram a maconha medicinal, mas nenhum deles emitiu cláusulas sobre o que fazer em casos de animais doentes.
Isso faz com que os próprios donos dos animais precisem tomar decisões importantes sensíveis, como a dosagem e a duração do tratamento.
Uma mudança pode ocorrer em breve na Califórnia, que parece prestes a aprovar a primeira lei do país que daria a proteção jurídica que os veterinários precisam para tirar dúvidas sobre o uso de maconha para tratar animais de estimação. “Um humano pode receber conselhos de seu médico, mas um cachorro não pode, legalmente. É bizarro”, disse Judy Boyle, de 62 anos, cujo cão Mac vem tomando remédios tradicionais há anos para tratar artrite e ansiedade. O efeito cumulativo dos medicamentos estava causando insuficiência renal em Mac.
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O canabidiol – um extrato de cannabis também conhecido como CBD – é o principal ingrediente de óleos de maconha, petiscos e outros produtos para animais de estimação que agora estão mais populares do que nunca. O CBD está associado ao alívio da dor, ao contrário do THC, o ingrediente da maconha que, em altas concentrações, pode causar sensações eufóricas.
Como o governo dos EUA continua rotulando a cannabis como uma substância controlada e o secretário de Justiça, Jeff Sessions, prometeu ser mais rígido em relação à maconha, muitos veterinários foram alertados por seus conselhos estaduais a não mencionarem a substância como opção de tratamento.
Atualmente “os veterinários cometem uma violação da lei da Califórnia se incorporam a cannabis em seus consultórios”, disse o Conselho de Medicina Veterinária californiano em comunicado. O mesmo vale para a maioria dos Estados norte-americanos.