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A resposta de David Litt, responsável pelos discursos de Obama na Casa Branca e autor de“Thanks, Obama”, na plataforma, foi a seguinte: “Acho que um dos equívocos mais comuns dos profissionais que fazem os discursos é que eles acham que são mestres de marionetes, já que ficam nos bastidores, colocam palavras na boca das pessoas e acabam experimentando um pouco do poder”.
“Quando eu escrevia discursos para o presidente Obama, a primeira pergunta que eu me fazia era: ‘O que ele já disse sobre esse assunto?’. E, àquela altura, ele já tinha falado sobre quase todas as questões políticas muitas vezes. Por isso, o objetivo era atualizar o discurso com novas histórias e, às vezes, novos anúncios de políticas, sem reinventar a roda. A redação de discursos é tão artesanal quanto a arte – talvez até mais – e, se você não estiver disposto a copiar e colar algumas coisas, essa é, provavelmente, a profissão errada para você.”
O especialista diz que há algumas áreas em que eles e seus colegas de função tentaram acrescentar algo especial, independentemente do tamanho do discurso. “O presidente Obama sempre deixou claro por que o que quer que ele estivesse falando era importante. É fácil se perder nas abstrações da política, então ele queria ter certeza de que o país entendia que o que estava fazendo – e o que o Congresso geralmente não estava fazendo – tinha impacto na vida das pessoas.”
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Segundo ele, esses profissionais atuam como se tivessem uma procuração do orador diante do público. A tendência de quem faz o discurso (e das organizações) é adicionar o máximo possível. O redator está lá para dizer: “Esse é um bom ponto, mas o discurso está ficando muito longo e precisamos cortá-lo”. Ou: “Essa é uma boa ideia, mas não é realmente relevante para o objetivo do discurso”.