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Berners-Lee, que gestou a web em 1989, afirmou que o senso de otimismo sobre a internet tem sido prejudicado por abusos como uso indevido de dados pessoais, discurso de ódio, manipulação política e centralização do poder entre um pequeno grupo de grandes empresas de tecnologia.
Berners-Lee afirmou que governos, companhias e indivíduos têm um papel a desempenhar. “Algumas questões de regulamentação, como a neutralidade de rede, têm que envolver governos. Algumas coisas claramente envolvem companhias – grandes, pequenas e startups”, disse ele em entrevista antes do lançamento. “Quem é provedor de acesso à internet precisa se comprometer a entregar neutralidade de rede. Se é uma companhia de rede social, você precisa garantir que as pessoas tenham controle sobre seus dados.”
Mas não ficou claro como tais princípios serão aplicados, dado a característica inerente de anonimato da internet.
Os princípios do contrato receberam apoio de mais de 50 organizações, incluindo o governo francês, o grupo Internet Sans Frontieres e companhias que incluem Google e Facebook.
Berners-Lee afirmou que todos os termos do contrato serão acertados nos próximos meses. O objetivo é finalizá-los em maio do próximo ano, quando metade ou mais da população global estará conectada à internet pela primeira vez.