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O dinheiro servirá para aquisição servirá para aquisição de materiais emergenciais usados por equipes envolvidas nos trabalhos de reconstituição do crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo do Brasil. Encontrado em Lagoa Santa, em Minas Gerais, tem 12 mil anos e as partes salvas das chamas (crânio e fêmur) estavam numa caixa de metal num armário também de metal. Ao todo, o Museu Nacional tinha 20 milhões de peças em seu acervo. Vários não estavam em locais atingidos pelo incêndio. Dos alcançados pelo fogo, foram encontrados cerca de 1500 itens.
Uma notícia vinda de Brasília talvez sirva como sopro de esperança nesse cenário. Trata-se da aprovação na Câmara dos Deputados do texto que regulariza uma medida provisória editada pelo governo federal depois do incêndio. A MP 851/18 permite a criação de fundos administrados por instituições privadas sem fins lucrativos para financiar projetos culturais. Iniciativas semelhantes são usadas, por exemplo, para manutenção de instituições americanas como o Metropolitan Museum, em Nova York, que tem fundos da ordem de US$ 3 bilhões.
No Brasil, apenas o Instituto Moreira Salles funciona de maneira semelhante. O Masp tem buscado levantar recursos para seu fundo próprio, cuja meta é chegar a R$ 40 milhões de reais. A ideia é que a administração de cada instituição e a dos fundos sejam separadas, para garantir a transparência e uso correto dos recursos. Os gestores utilizam parte da rentabilidade do fundo para arcar com as despesas dos museus, além de dinheiro vindo de bilheteria, lojas de souvenires, eventos e patrocínios.