Os 5 melhores filmes de ficção científica de 2018

Alguns títulos da lista surpreendem pela pouca bilheteria

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Este tem sido um ano longo, difícil. Um ano tão distópico que faz até a série “Black Mirror” parecer sem imaginação. Felizmente, podemos sempre mergulhar no conforto da ficção científica e imaginar um mundo ainda pior do que esse em que habitamos.

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Relembre, na galeria abaixo, as melhores ficções científicas de 2018:

  • 5. “Jogador Nº 1”

    Embora tenha falhas (e uma campanha de marketing nada a ver), o filme oferece uma jornada divertida para o mundo dos jogos virtuais e o universo nerd. Costumo gostar mais de ficção científica sombria, mas às vezes é bom mergulhar numa aventura e pensar as implicações positivas da tecnologia sem se estressar com os elementos disfuncionais.

    Aqui, Steven Spielberg parece refletir sobre o próprio legado, incorporando muitos dos ícones que criou em sua espetacular mistura de referências da cultura pop. Embora o longa não tenha nada de particularmente inteligente para dizer sobre a cultura dos jogos, é extremamente divertido do começo ao fim.

  • 4. “Pantera Negra”

    “Pantera Negra” não parece um filme comum de super-herói. O universo Marvel costuma trabalhar com tecnologia de última ponta. Já o fictício terreno de Wakanda, terra do herói, consistiu num passo em outra direção, bem ousado por sinal.

    Diferente do retrofuturismo de filmes como os novos “Star Wars” e “Blade Runner”, “Pantera Negra” faz uso da estética do afrofuturismo para construir um universo paralelo, uma utopia africana intocada pelo colonialismo. O cenário e o figurino são impressionantes, “O cenário e o figurino são impressionantes, e fazem Wakanda parecer real”.

    O filme também possui um supervilão interessante, por ironia muito mais simpático e carismático que o protagonista. É um filme inteligente, que não subestima o espectador. Ao mesmo tempo em que glorifica a noção de identidade e ancestralidade, a história reconhece que se apegar a tradições a qualquer custo pode resultar em desastre.

    Esta utopia tem um compromisso de uma grande ruptura com a tradição, e será interessante ver onde a sequência que toma uma fronteira Wakanda.
    This utopia has to make a compromise, a major break from tradition, and it’ll be interesting to see where the inevitable sequel takes an open-border Wakanda.

  • 3. “Um Lugar Silencioso”

    Eu nunca tive uma experiência de cinema tão grandiosa como a que tive com Um Lugar Silencioso”. Nenhum celular se acende, nenhuma conversa é sussurrada; o público está tenso até para comer pipoca.

    Há longas pós-apocalípticos que parecem quase uma fantasia escapista. Já o filme de John Krasinski estrelado por ele e a esposa, Emily Blunt, deixa claro que a queda da civilização significa o apagamento permanente da própria segurança pessoal. Aqui, a única maneira de permanecer seguro é ficar em silêncio.

    Certamente, não é um lugar seguro para crianças pequenas. Por isso, se você for pai, terá empatia com os protagonistas. O personagem de Emily Blunt, em particular, é gestante e suporta a experiência mais intensa que se pode imaginar neste cenário silencioso — recomendo às grávidas evitar o filme.

    O filme é uma daquelas histórias que força a atenção do espectador; eu até acho que queimei uma quantidade excessiva de calorias no cinema, sentado e totalmente calado.

  • 2. “Sorry to Bother You”

    Sorry to Bother You escapou ao radar por algum motivo. Eu só o vi recentemente, e fiquei espantado por não ter sido um sucesso maior de público. O filme é uma sátira social absurda e deprimente. Retrata um mundo em que as corporações transferiram seus ativos para o negócio da escravidão e a indústria do entretenimento, para manter os lucros, recorre a expedientes como o de espancar participantes de reality shows. Aqui, a chave para o sucesso está em abandonar sua identidade, junto com seus valores.

    Comparações com “Corra!” poderiam ser feitas, mas o racismo não é bem o foco; é a luta de classes, o capitalismo irrestrito que pisa nos trabalhadores. Essa história parece destinada aos millenials ou a qualquer um que tente desesperadamente manter a cabeça acima da água, num oceano de mega-corporações insensíveis.

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  • 1. “Aniquilação”

    Sou um grande fã das histórias de invasão alienígena desde que li “Guerra dos Mundos”, de H. G. Wells, mas vivo desapontado com a falta de variedade nessas tramas. Já “Aniquilação” descreve uma invasão de extraterrestres como uma experiência verdadeiramente alienígena. A criatura é completamente incognoscível, não está claro se é mesmo consciente. Seja qual for o seu objetivo, a coisa consegue alterar a área em torno dela, criando uma bolha de realidade alterada conhecida como “o Shimmer”.

    A jornada do protagonista pelo Shimmer traz descobertas assustadoras e surreais. Algo está muito errado com a natureza aqui, talvez até a própria realidade, e, quanto mais ele se aproxima do invasor alienígena, mais distorcido o mundo se torna. A equipe de arte do filme merece um prêmio e, talvez, alguns meses de terapia.

    O inevitável encontro com a criatura é uma cena única; não há impasse violento, nenhuma chama de fogo e glória — o encontro nem pode ser descrito como um conflito. Mas é inquietante, e o final ambíguo vai reverberar na sua cabeça por muito tempo.

5. “Jogador Nº 1”

Embora tenha falhas (e uma campanha de marketing nada a ver), o filme oferece uma jornada divertida para o mundo dos jogos virtuais e o universo nerd. Costumo gostar mais de ficção científica sombria, mas às vezes é bom mergulhar numa aventura e pensar as implicações positivas da tecnologia sem se estressar com os elementos disfuncionais.

Aqui, Steven Spielberg parece refletir sobre o próprio legado, incorporando muitos dos ícones que criou em sua espetacular mistura de referências da cultura pop. Embora o longa não tenha nada de particularmente inteligente para dizer sobre a cultura dos jogos, é extremamente divertido do começo ao fim.

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