Em uma conversa sobre o assunto com a FORBES, a diretora para a América Latina da empresa de previsão de tendências WGSN, Daniela Dantas, falou sobre como gestores podem lidar com esses temas. Segundo a especialista, o processo de acompanhar novos movimentos que podem ser aplicáveis para empresas começa por mapear pessoas.
“O processo de identificação de tendências passa por observar pessoas e por uma busca de padrões e recorrência: quais são as pessoas que influenciam o grupo no qual você está interessado e os comportamentos que fazem com que isso aconteça”, aponta.
O trabalho de identificação de tendências deve ser inspirado pela abertura para entender mudanças que impactam o negócio por parte da liderança, mas, segundo Daniela, as empresas devem criar uma cultura de fomento à curiosidade e ao questionamento, pela qual colaboradores de todos os níveis de senioridade participem do processo.
“CEOs e heads de inovação precisam observar novos comportamentos e observar o mercado, além de se manter curiosos, mas é pouco provável que consigam fazer esse mapeamento detalhado, pois são encarregados da estratégia”, detalha.
“Esse é um trabalho de observação diária e, quanto maior for a quantidade de pessoas envolvidas na análise desses padrões e na discussão deles, mais eficiente a organização se torna em seu mapeamento de tendências.”
Quais são os riscos para organizações nas quais não existe uma cultura de mapeamento e entendimento de tendências? Segundo Daniela, é simplista afirmar que empresas que desapareceram e eram líderes de mercado falharam em detectar tendências e reagir a elas. “É difícil dizer que essas empresas não inovaram, pois há uma série de fatores envolvidos: é como em um avião, que só cai depois de um conjunto de erros”, ressalta.
“A decisão de não inovar pode vir do fato de que a forma pela qual a empresa faz as coisas dá certo, mas, se isso for combinado ao não-mapeamento do futuro, pode causar a extinção de um negócio”, acrescenta.
A especialista aponta que corrigir a rota de uma empresa que possa estar indo para este caminho é necessário. Daniela aponta como exemplo a rede nacional de supermercados Pão de Açúcar, que reformulou sua operação de e-commerce para acompanhar tendências de consumo online.
Daniela Dantas é uma das palestrantes do evento Forbes Start sobre educação e trabalho, que acontecerá no próximo dia 26 das 9h às 12h, no Spaces Berrini, em São Paulo, como parte da programação da São Paulo Tech Week.
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A TruckPad, plataforma de conexão entre caminhoneiros e cargas, recebeu um aporte do deca-unicórnio chinês Full Truck Alliance. O investimento, cujo valor não foi divulgado, apoiará a expansão da empresa, e a parceria inclui um acordo de cooperação técnica entre a startup e a empresa chinesa para adoção de novas tecnologias. Outros investidores da TruckPad, que foi fundada em 2014, incluem a Movile, a Maplink e a aceleradora e incubadora Plug and Play.
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Angelica Mari é jornalista especializada em inovação há 18 anos, com uma década de experiência em redações no Reino Unido e Estados Unidos. Colabora em inglês e português para publicações incluindo a FORBES (Estados Unidos e Brasil), BBC, The Guardian e outros.
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