Segundo André Ferreira, chief information officer da empresa sediada em Betim (MG), a ideia é expandir as opções de parcerias com o ecossistema de inovação, de aceleradoras a startups, para além da região Sudeste.
“É importante explorar diferentes polos para ter visões diferentes sobre um mesmo problema, para combater o risco do viés profissional, que acaba bloqueando outras percepções”, diz Ferreira.
“Agora estamos fazendo outras aproximações, com ecossistemas do interior, para entender onde existem oportunidades que possam fazer sentido para nós”, aponta.
“Estamos em Minas, muito próximos do que acontece em São Paulo, mas temos um relacionamento muito forte com o Nordeste, onde vemos um ecossistema muito rico para ser explorado.”
A FCA trabalha em “cada vez mais próxima” de núcleos parceiros como o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (CESAR), em projetos em áreas como manufatura, em iniciativas que incluem aplicação de tecnologias de Internet das Coisas.
“[Profissionais no Nordeste] tem uma formação muito boa, de universidades de alto nível. Existem polos de excelência como o Porto Digital e diversas empresas grandes, como a Accenture, desenvolvendo cada vez mais pesquisa e inovação lá,” ressalta.
“Além disso, os profissionais estão muito próximos dos problemas cotidianos, percebemos que existe uma abertura muito grande para compor as soluções. Isso tem despertado nossa curiosidade”, aponta.
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A companhia já tem relacionamentos com empresas com base estabelecida de pesquisa no Sul, como a SAP. Ferreira antecipa que isso ajudará a abrir portas: “Todo um ecossistema de startups é atraído para o contexto SAP, que ainda queremos explorar a fundo”.
Nos próximos meses, Ferreira espera que a descentralização dos esforços de inovação ganhe corpo por meio de mecanismos como o Nexos, um programa iniciado no mês passado em parceria com o Sebrae, para lançar desafios para startups sobre carro conectado.
“No contexto do Nexos, estamos refletindo sobre não focar em uma determinada região e uma das razões que nos fez optar [pela parceria com o Sebrae] foi a possibilidade de envolver startups de ecossistemas de todo o Brasil”, conta.
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A escola de programação e robótica Happy Code vai reunir cerca de 60 crianças e jovens entre 6 e 14 anos para participar, durante 4 horas, da maior competição de programação do país. É o que propõe o 3º Hackathon Internacional Infanto-Juvenil, que acontece neste sábado (9), em Moema, em São Paulo, das 14h às 18h. A maratona deste ano tem como tema “Games na Educação” e propõe o desenvolvimento de games ou aplicativos para estimular a aprendizagem. Os melhores times serão premiados com um Xbox One S 1TB, um Samsung Galaxy Tab e um Headset Gamer Razer.
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Angelica Mari é jornalista especializada em inovação há 18 anos, com uma década de experiência em redações no Reino Unido e Estados Unidos. Colabora em inglês e português para publicações incluindo a FORBES (Estados Unidos e Brasil), BBC, The Guardian e outros.
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