Esta tem sido a rotina de um grupo de altos executivos nos últimos meses. Eles abriram brechas em suas atribuladas agendas para resgatar talentos do passado, em alguns casos esquecidos, e deram ao hobby um propósito: ajudar instituições de caridade com o valor arrecadado nos shows e patrocínios.
Como dizem que coincidências não existem, a explicação mais razoável para a iniciativa poderia ser uma confluência de boas intenções e muita energia, que acabou resultando no encontro de duas bandas que, juntas, agora se uniram em torno de um mesmo objetivo.
“Eu queria uma abertura impactante para o fórum global do SAS, realizado há alguns meses. Descobri então que o Kleber tocava baixo e o Mauricio teclado. Eu também tinha minhas pretensões de brincar de fazer música. Nos reunimos com o Gustavo e o Léo, amigos do Kleber, criamos a banda e nos apresentamos no evento. Como as pessoas gostaram, decidimos que continuaríamos com o projeto. Mas eu não queria tocar por tocar. Queria cumprir um objetivo maior, ter um propósito. Então tivemos a ideia de tocar para arrecadar fundos e ajudar quem precisa”, conta Pantaleoni.
Empolgado com a ideia, Wedemann lembrou imediatamente de uma outra banda também formada por executivos, a The Corporates, que passeia pelo gênero mais pop do Queen, Joe Cocker, Cazuza e Ed Motta. O grupo tem Marcelo Munerato (CCO da Aon Latin America) e Maurício Cataneo (vice-presidente e CFO Latam da Unisys) nos vocais, Gabriel Rozin (médico pneumologista do Albert Einstein) e Gabriel Silva (CFO do Nubank) nas guitarras, Paulo Pontin (managing partner da Verizon) no baixo, Amilcare Neto (head of value creation da RedeTV!) na bateria e Júlio Pina (sócio da Gulf Capital Partners) no piano e teclado.
“A nossa história também é recente”, conta Pontin. “Durante um fórum do Experience Club, na Bahia, começamos a pensar no assunto e a juntar possíveis nomes de músicos, de várias empresas. Ficou meio que uma conversa de boteco, mas, três meses depois resolvemos entrar em um estúdio e ver no que aquilo ia dar”, completa o executivo, que há mais de 15 anos participa de uma outra banda, de blues.
Já que todos eles estavam dispostos a levar adiante suas “carreiras” na música, as bandas se juntaram em prol de um objetivo maior, batizado de CEOs Who Rock. A primeira apresentação será no dia 11 de dezembro, no Manifesto Bar, no Itaim, em São Paulo. O dinheiro arrecadado com os ingressos e com patrocínio será destinado – diretamente, sem passar pelas bandas – a quatro entidades eleitas nesse primeiro momento do projeto: Amigos do Bem, Instituto da Criança, Retiro dos Artistas e Fundação Dom Bosco. “Nessa primeira edição, a expectativa é ultrapassar R$ 50 mil”, diz Pantaleoni, revelando que já conta com patrocínio de três empresas: BWG, IT4CIO e Sonda.
A noite de ontem (18), no Blue Note, em São Paulo, foi uma boa prévia do que está por vir. A apresentação da The Corporates, para uma plateia formada por representantes da diretoria e da presidência de companhias como Siemens, C&A, Accor, Nubank e Unimed, arrecadou quase R$ 55 mil entre ingressos (que iam de R$ 100 a R$ 5 mil) e patrocínios.
Para todos os executivos que fazem parte da iniciativa, essa foi a maneira encontrada para retribuir à sociedade o que lhes foi dado. Mas como arrumar tempo – e energia – para incluir ensaios semanais das 22h à 1h e apresentações noturnas em uma rotina completamente insana? “Quando a gente gosta do que faz, nem sente”, diz Pantaleoni. “O nosso dia tem 24 horas”, lembra Maurício Cataneo, rindo.
Cataneo lembra, ainda, do planejamento e do entrosamento. “Precisamos nos planejar para fazer um bom show. E, se algo der errado, temos que corrigir rápido e seguir adiante. Mas temos um norte. Assim é também na vida corporativa. Além disso, convivemos com pessoas o tempo todo, são elas que fazem as empresas. E temos que respeitá-las – dentro e fora dos palcos.”
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Bebidas em alta
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Contrato bilionário
A Emirates anunciou ontem (18), durante o Dubai Airshow 19, a compra de 50 aeronaves A350-900 XWB, da Airbus, no valor de US$ 16 bilhões. Equipadas com motor Rolls-Royce Trent XWB, as primeiras unidades devem ser entregues à companhia aérea em 2023. As demais serão enviadas gradativamente até 2028. O contrato foi assinado entre o xeque Ahmed bin Saeed Al Maktoum, presidente e CEO da Emirates, e Guillaume Faury, CEO da Airbus. “Essa aquisição acontece após uma análise minuciosa das várias opções de aeronaves e do planejamento para a nossa frota. Há muito tempo, mantemos uma estratégia de investimento em aviões modernos e eficientes”, disse o xeque.
Expansão
No último sábado (16), foi inaugurada a nova fábrica de fertilizantes da Hinove Agrociência em Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul. A unidade, que consumiu R$ 25 milhões em investimentos, tem 100 mil metros quadrados e capacidade para produzir 800 mil toneladas de fertilizantes sólidos e líquidos por ano. Durante a cerimônia, que contou com a participação do governador do estado, Reinaldo Azambuja, a companhia aproveitou para consolidar uma série de acordos com instituições acadêmicas para a realização de diversas pesquisas, como a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) e o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), entre outras.
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André Barbosa está assumindo a diretoria de marketing e análise da Toro Investimentos. O executivo, ex-UBS Pactual, GPS Investimentos e Araújo Fontes, tem mais de 20 anos de atuação em bancos de investimentos nos mercados doméstico e internacional. “Esse ambiente no Brasil está passando por uma transformação enorme com a queda estrutural de juros. Parte da nossa missão é ajudar os investidores a fazer a transição de posições majoritariamente alocadas em renda fixa para carteira diversificadas e com foco em longo prazo. A educação financeira, integrando o conteúdo e a execução, é a ferramenta mais poderosa para ajudar as pessoas a fazerem esse movimento”, afirma.
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