Ibovespa amplia queda no final do pregão

29 de janeiro de 2020

Índice aumentou perdas perto do fechamento após dia volátil

Após um dia de oscilação, com investidores à espera do anúncio de política monetária do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, o Ibovespa ampliou perdas próximo ao encerramento dos negócios.

O índice fechou com queda de 0,94% aos 115.384 pontos.

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As principais baixas do Ibovespa foram da Fleury (FLRY3) com queda de 4,12% a R$ 31,16, Azul (AZUL4) com menos 4,07% a R$ 59,87, Marfrig (MRFG3) com desvalorização de 4,06% a R$ 11,10, Cielo (CIEL3) com recuo de 4% a R$ 6,96 e Braskem (BRKM5) que perdeu 3,86% a R$ 32,85.

Na lista dos destaques de alta, MRV (MRVE3) com ganhos de 4,67% a R$ 21,05, Hypera (HYPE3) que subiu 2,78% a R$ 34,75, RaiaDrogasil (RADL3) com avanço de 2,72% a R$ 128,27, Localiza (RENT3) com mais 2,55% a R$ 54,25 e Klabin (KLBN11) que teve valorização de 1,54% a R$ 21,15.

No meio da tarde, a autoridade monetária norte-americana divulgou a decisão de manter a taxa básica de juros naquele país, conhecida como Fed Funds, na faixa entre 1,5% a 1,75% ao ano. O mercado já aguardava uma taxa inalterada.

“Acredito que o mais relevante foram as falas do Powell (Jerome Powell, presidente do Fed), após a decisão. Ele pontuou a propagação do coronavírus como mais um fator de risco, além do “acordo sem acordo” comercial entre EUA e China e as eleições presidenciais deste ano”, explica Rafael Cardoso, economista-chefe da Daycoval Asset.

Cardoso acredita que o discurso de Powell pode ser entendido como um “parei de cortar juros, mas as incertezas continuam”.

O economista alerta que o conhecimento sobre impacto econômico do coronavírus está diretamente ligado ao tempo de incubação da doença. “Não sabemos se as medidas adotadas pelas autoridades estão surtindo efeito, pois o vírus demora de 14 a 20 dias para se manifestar”.

Ainda segundo Cardoso, se o coronavírus derrubar o Produto Interno Bruto chinês em 1 ponto percentual para 5% em 2020, o Brasil pode sentir uma queda no PIB entre 0,2 e 0,5 ponto percentual para 2% ou 2,5%.

“Vejo o vírus como um soluço. O mercado pode sentir o impacto no curto prazo, mas acaba voltando à tendência anterior”, afirma.

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Luciene Miranda é jornalista especializada em Economia, Finanças e Negócios com coberturas independentes na B3, NYSE, Nasdaq e CBOT

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