EXCLUSIVO: Loft lança programa de licença paternidade de seis meses para colaboradores

12 de fevereiro de 2020
Getty Images

Loft anuncia licença paternidade de seis meses, sendo dois deles obrigatórios

Depois de irromper 2020 com o título de primeiro unicórnio brasileiro do ano, a Loft, especializada na compra, reforma e venda de imóveis, acaba de lançar a licença paternidade remunerada de seis meses para seus colaboradores. A iniciativa, batizada de “parental leave”, estabelece uma licença mínima compulsória de dois meses para os homens, o que a coloca como pioneira no país a adotar a medida.

“Analisamos vários cases dentro e fora do Brasil para definir os parâmetros do nosso programa”, conta Flora Oliveira, diretora administrativa da Loft, ressaltando que os exemplos mais positivos vêm dos países nórdicos. “O objetivo é criar oportunidades iguais para homens e mulheres no trabalho e em casa, mudar a nossa realidade como empresa e, dessa forma, impactar o mercado como um todo.”

Renata Feijó, diretora jurídica da empresa, explica que a cultura da Loft passa pelo relacionamento de longo prazo com os colaboradores, 460 atualmente, e que medidas como essa não devem ser encaradas como custo, mas como investimento, já que contribuem para a retenção de talentos. Vale lembrar que processos de desligamentos e contratações podem, muitas vezes, custar muito do ponto de vista financeiro e até operacional, comprometendo as atividades do dia a dia.

Outro ponto positivo da iniciativa é que, a partir de agora, homens e mulheres custarão o mesmo para a empresa. Isso impacta diretamente outro programa da Loft: o da equidade de gênero. Isso porque, à medida que eles e elas tiverem direitos iguais após o nascimento de um filho, as mulheres se sentirão mais seguras para usufruir do benefício – ao contrário do que acontece em muitas companhias, onde elas abrem mão do direito legal e acabam voltando mais cedo com medo de perder sua posição. Essa insegurança resulta numa triste realidade: segundo pesquisas da área de recursos humanos, 48% das mulheres que voltam de licença maternidade acabam se desligando da empresa em um prazo entre três e seis meses.

Divulgação

Renata Feijó, diretora jurídica, e Flora Oliveira, diretora administrativa da Loft

Há, ainda, um efeito colateral nessa medida. “A partir do momento que um homem tiver a chance de viver essa experiência, ele certamente vai voltar ao trabalho com uma percepção diferente da realidade das mulheres”, diz Flora, explicando que isso cria um efeito cascata capaz de contribuir para a formação de uma cultura corporativa muito mais justa.

Renata explica que a obrigatoriedade de afastamento de dois meses foi decidida com base nas necessidades da criança. “A partir dessa fase, ela já tem uma rotina de sono e de alimentação”, diz. Outra resolução foi que, ao voltar ao trabalho, tanto homens quanto mulheres passarão por um processo de reintegração. “Tudo muda muito rápido nos dias de hoje, principalmente numa startup”, diz Flora. “Ninguém é obrigado a chegar e saber imediatamente o que está acontecendo. Todos eles serão readaptados.”

Nesta semana, três colaboradores da empresa – dois homens e um mulher – se preparam para viver a experiência. “Nós contribuímos com eles e eles nos ajudam a ser a empresa que queremos ser”, conclui Flora.

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Festival em Porto Alegre representa mulheres negras em tecnologia

Um festival na Fábrica do Futuro, em Porto Alegre, terá na agenda debates sobre a atuação de mulheres negras no setor de tecnologia. Em sua segunda edição, o Tech Art Festival aborda temas relacionados à arte e tecnologia, com temas como inteligência artificial, neurociência, criatividade, propriedade intelectual e sensorialidade.

Sobre o tópico de representatividade de mulheres negras em tecnologia, a jornalista Larissa Bispo (foto) traz a palestra “Somos Muitas: o Racismo na Tecnologia e a Potência das Mulheres Negras”. A fala de Larissa terá como base os projetos que desenvolve através do Olabi, organização social que trabalha para democratizar tecnologias e conhecimentos, e do PretaLab, projeto dedicado à inclusão de mulheres negras na cena tecnológica. O festival será no dia 21 de março, das 11h às 20h.

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Levantamento revela perfil do empreendedor digital no Brasil

A HeroSpark, plataforma criada para ajudar empreendedores digitais que nasceu da fusão entre as startups Edools e Eadbox, lançou a primeira edição da Pesquisa Panorama Negócios Digitais Brasil 2020, com o objetivo de mapear as estratégias com mais chance de funcionar nos próximos anos. Ao todo, 579 pessoas participaram do levantamento, sendo 413 proprietários de seus próprios negócios, 81 colaboradores e 70 em cargos de diretoria ou gerência.

A pesquisa revelou, entre outras coisas, que 54% dos empreendedores digitais começaram seus negócios há menos de um ano. Desse total, 23% estão operando há menos de três meses, o que indica que o empreendedorismo continuará sendo uma forte tendência nos próximos anos. Além disso, a maior parte das pessoas ouvidas – 62% – disse que seus negócios digitais são complementos a trabalhos tradicionais. Já entre os empreendedores estabelecidos há mais de 12 meses, quase a metade – 45% – já transformou o negócio em sua principal fonte de renda.

Outra constatação é que 34% dos empreendedores digitais que participaram da pesquisa não investiram mais do que R$ 1.000 para começar o negócio. Cerca de 25% deles alegaram não terem investido nada no início.

No que diz respeito aos tipos de negócios, os dados coletados revelaram que 54% dos empreendedores atuam com prestação de serviços e 34% com cursos online. E-commerce de produtos físicos, com 23%, infoprodutos (produtos digitais que são criados e distribuídos, de forma gratuita ou não, pela internet) com 16% e afiliados (pessoas que indicam produtos de terceiros e recebem comissões pelas vendas efetuadas) com 15% também fazem parte da lista, mas com menor percentual de atuação. Como a escolha das respostas poderia ser múltipla, a soma das porcentagens ultrapassa os 100%.

Os segmentos de atuação são bem variados: negócios (18%), marketing digital (14%), educacional (12%), tecnologia (11%), saúde e bem-estar (10%), desenvolvimento pessoal (7%), finanças (2%) e outros (18%).

Quando perguntados sobre os principais desafios enfrentados na gestão de seus negócios digitais, 42% dos entrevistados citaram problemas com vendas em primeiro lugar. Bem atrás, foram citadas também as dificuldades enfrentadas com o investimento em si no negócio, com 19%, e pessoas, com 17%. Já sobre os objetivos para o próximo ano, os mais citados foram escalar o faturamento (43%), ampliar o leque de produtos e/ou serviços oferecidos (34%), diversificar a fonte de renda (30%), começar novos canais de venda (28%), melhorar o produto (17%) e outros (3%).

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Ecommerce deve faturar mais de R$ 100 bilhões em 2020

Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) revelou que o faturamento do ecommerce deve ultrapassar R$ 100 bilhões no Brasil este ano. Segundo a entidade, a estimativa é que as vendas online gerem R$ 106 bilhões – um crescimento de 18% em relação a 2019. Os marketplaces, as microempresas e as compras via smartphones serão os principais responsáveis pela performance.

Mauricio Salvador, presidente da ABComm, diz que até o final do ano haverá cerca de 135 mil lojas virtuais ativas no país, a maioria micro e pequenas empresas. “Com o câmbio favorável à exportação, há ainda oportunidade para que nossos varejistas virtuais vendam seus produtos para consumidores estrangeiros”, diz ele. Outro fator que pode impactar positivamente o desempenho do setor é a aprovação do Projeto de Lei Complementar 148/2019 (PLP), que trata da multicanalidade e facilitará a vida dos consumidores, que poderão comprar pela internet e retirar os produtos nos estabelecimentos físicos. “Caso esse projeto seja aprovado no primeiro semestre, o crescimento no faturamento será ainda mais expressivo.”

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Engineering ganha nova sede formatada em squads

Após investimentos de R$ 2,5 milhões, está pronta a nova sede da Engineering na capital paulista. A estrutura abriga o modelo horizontal de trabalho para o compartilhamento de conhecimento – batizado de squad –, capaz de ajudar, ainda, a escalar as práticas ágeis já adotadas pela companhia de tecnologia especializada em transformação digital. “Com essa estrutura, as equipes multidisciplinares estarão integradas, o que facilita a interação dos colaboradores para desenvolver seu trabalho no dia a dia e, consequentemente, otimiza as entregas aos clientes”, explica Filippo Di Cesare, CEO da Engineering Latam. No espaço de mil metros quadrados, distribuídos em dois pavimentos, os departamentos foram abolidos para gerar proximidade física entre os profissionais – cerca de 150 pessoas de diferentes disciplinas alocadas em 20 squads. Cada um dos grupos multidisciplinares é responsável por um projeto específico de transfomação digital, envolvendo tecnologias como API (Application Programming Interface), chatbot e machine learning, entre outras para os mais diversos setores do mercado, como telecom, energia e utilities, metais e mineração, automotivo e agroindústria.

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