A orientação dos analistas de corretoras aos clientes tem sido de cautela e de não assumir grandes riscos neste último pregão antes do feriado. A bolsa brasileira só reabre na tarde de quarta-feira de cinzas.
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De acordo com João Freitas, analista da Toro Investimentos, o investidor brasileiro está buscando proteção no pregão de hoje diante da propagação do coronavírus e da dificuldade de precificação do impacto financeiro do surto da doença Covid-19 em um mundo globalizado e de mercados conectados.
“No Brasil, ninguém quer ficar exposto ao risco antes do feriado e a orientação é encerrar ou diminuir posições em ações, comprar dólar e fazer hedge, ou seja, buscar proteção no mercado futuro do índice”, afirma Freitas.
O analista ainda lembra que ativos considerados de proteção em situações de aversão ao risco estão sendo muito procurados, a exemplo do ouro e dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, conhecidos como Treasuries, para 30 anos.
A Vale segue como destaque de baixa do índice, com VALE3 perdendo 4,13% a R$ 50,04. A mineradora reportou prejuízo de R$ 1,562 bilhão no quarto trimestre de 2019.
No balanço, a companhia apresentou o relatório do Comitê Independente de Assessoramento Extraordinário formado para investigar o rompimento da barragem de Brumadinho, Minas Gerais, que causou a morte de, pelo menos, 259 pessoas.
De acordo com a investigação, ao menos desde 2003, a Vale tinha informações sobre as condições frágeis da barragem e as medidas de segurança adotadas foram “limitadas e malsucedidas”. Ainda segundo o relatório, a companhia sabia que os impactos seriam significativos no caso de um rompimento.
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Luciene Miranda é jornalista especializada em Economia, Finanças e Negócios com coberturas independentes na B3, NYSE, Nasdaq e CBOT
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