Às 10:27, o dólar recuava 1,07%, a R$ 4,6752 na venda, enquanto o principal contrato de dólar futuro operava em queda de 1,12%, a R$ 4,6805.
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“Esse movimento é um ajuste, dado que o dólar subiu bastante nos últimos dias”, disse à Reuters Denilson Alencastro, economista-chefe da Geral Asset. “O petróleo está subindo, o que também ajudou nesse alívio.”
A recuperação se deve em parte às esperanças de estímulo monetário de grandes potências mundiais como forma de driblar os impasses econômicos do coronavírus. Alguns exemplos de prontidão das autoridades incluem a promessa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de adotar “importantes” medidas para proteger a economia, enquanto o Japão disse que gastará mais US$ 4,1 bilhões para aliviar os efeitos do coronavírus.
Essas esperanças se espalhavam para outros mercados, e moedas emergentes pares do real, como lira turca e rand sul-africano, ganhavam contra o dólar. Contra uma cesta de rivais fortes, a divisa norte-americana avançava 0,8%, voltando a subir ante o iene japonês – considerado refúgio seguro – em meio à menor aversão a risco.
O Tesouro Nacional informou ontem o cancelamento do leilão primário de títulos prefixados (LTN e NTN-F) previsto para quinta (12), “em virtude das condições mais restritivas do mercado financeiro”, enquanto o Banco Central realizou ontem leilão de até US$ 2 bilhões em moeda à vista, em que vendeu o total da oferta. Ontem, o BC havia colocado US$ 3,465 bilhões nessa modalidade.
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No entanto, “o dólar tem que ver uma boa sinalização” por parte do governo e do Banco Central para voltar a arrefecer constantemente, disse Alencastro. “O diferencial de juros entre Brasil e seus concorrentes, como Rússia e México, já diminuiu bastante, e BC já indicou que pode reduzir mais”, afirmou.
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