O banco central dos Estados Unidos abriu as torneiras para que bancos centrais em 9 países tenham acesso a dólares na expectativa de impedir que a epidemia de coronavírus cause uma crise econômica global.
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Ao mesmo tempo, o BC voltava a intervir no câmbio em tentativa de frear a disparada descontrolada da divisa norte-americana. A autarquia realizou hoje duas ofertas de leilões de linha com compromisso de recompra de até US$ 2 bilhões cada uma, além de venda de até US$ 500 milhões em moeda à vista.
“O BC, com sua política cambial, busca muito mais amortecer (a alta do dólar) do que controlar os mercados”, disse à Reuters Denilson Alencastro, economista-chefe da Geral Asset. “A política atual do BC é deixar o câmbio livre. Eles agem para evitar uma exacerbação: dar liquidez na medida do possível.”
Depois dessas medidas, às 10:44, o dólar recuava 1,03%, a R$ 5,1459 na venda.
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Na B3, o dólar futuro não acompanhava o movimento de queda do dólar à vista, e subia 0,75%, a R$ 5,146, possível sinal da permanência da cautela nos mercados.
“A gente tem usado a expressão nos últimos dias de um mercado disfuncional. Não tem como saber ao certo onde o preço dos ativos vai ficar”, disse Alencastro. “Há um sentimento de crise: os parâmetros ficam completamente perdidos porque há uma incerteza muito grande.”
No exterior, o dia era de força da moeda norte-americana contra outras moedas fortes. Contra emergentes pares do real o dólar tinha altas acentuadas.
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