Os pesquisadores analisaram várias possibilidades: o mundo não reagindo à Covid-19; cenários atenuados, onde ocorre o distanciamento social; e outros cenários para suprimir a propagação do vírus, como testes.
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A pesquisa também descobriu que o distanciamento social pode reduzir pela metade esse impacto, mas sem uma ação rápida e decisiva, pode deixar os sistemas de saúde em todo o mundo, principalmente nas regiões de baixa renda, sobrecarregados.
A equipe constatou que a adoção rápida de “medidas comprovadas de saúde pública”, como testes, isolamento de casos confirmados e medidas difundidas de distanciamento social, é “crítica” para retardar a disseminação do vírus.
“É necessária uma ação rápida, decisiva e coletiva por todos os países para limitar o efeito dessa pandemia. A ação precoce tem o potencial de reduzir a mortalidade em até 95%, salvando 38,7 milhões de vidas”, disse o professor Azra Ghani, autor do relatório.
As estratégias para conter o vírus precisariam ser mantidas até que o tratamento seja disponibilizado, disseram os pesquisadores.
Patrick Walker, que escreveu o relatório, disse: “Estimamos que o mundo enfrenta uma emergência aguda de saúde pública sem precedentes nas próximas semanas e meses. Nossas descobertas sugerem que todos os países enfrentam uma escolha entre medidas intensivas e caras para suprimir a transmissão ou arriscar que os sistemas de saúde se tornem rapidamente sobrecarregados No entanto, nossos resultados destacam que uma ação rápida, decisiva e coletiva agora salvará milhões de vidas no próximo ano”.
Cerca de 540 mil pessoas contraíram Covid-19 em todo o mundo até o momento, enquanto 25 mil pessoas morreram, de acordo com a Universidade Johns Hopkins. Os EUA estão agora enfrentando o maior número de infecções de qualquer nação, com mais de 86 mil casos confirmados. Vários países adotaram abordagens diferentes para combater o vírus –a China continental, onde o surto foi detectado pela primeira vez no final do ano passado, foi a primeira a impor um bloqueio de dezenas de milhões de pessoas, que começou a aumentar à medida que novos casos domésticos parecem diminuir. Singapura e Coreia do Sul, que também foram pontos quentes para o vírus, adotaram testes iniciais e generalizados da população. De acordo com dados de ontem (26) Ministério da Saúde, o Brasil tem 77 mortes e 2.915 casos.
A abordagem dos EUA também foi lenta, e os testes foram severamente atrasados e limitados. O presidente Donald Trump inicialmente minimizou a gravidade da doença, forçando os governadores de todo o país a imporem bloqueios por estado. Os legisladores estão agora à beira de aprovar uma lei de alívio econômico de US$ 2 trilhões.
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