Os resultados preliminares de um estudo do governo dos EUA mostrando que os pacientes que receberam remdesivir se recuperaram 31% mais rápido do que aqueles que receberam placebo foram aclamados pelo Dr. Anthony Fauci como “altamente significativos”.
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A agência de regulação de medicamentos e alimentos dos EUA (FDA) disse que tem conversado com a Gilead sobre tornar o remdesivir disponível para os pacientes o mais rápido possível.
“Quero que eles o façam o mais rápido possível”, disse o presidente Donald Trump, quando perguntado se queria que a FDA concedesse autorização de uso emergencial para o remdesivir. “Queremos que tudo esteja seguro, mas gostaríamos de ver aprovações muito rápidas, especialmente com as coisas que funcionam.”
O remédio, dado por infusão intravenosa a pacientes hospitalizados, mexeu nos mercados nas últimas semanas após a divulgação de dados de vários estudos que ilustraram uma imagem mista de sua eficácia, e Fauci alertou que os dados mais recentes ainda precisam ser analisados.
No início deste mês, a Gilead disse que estava preparada para doar para hospitais o suprimento existente de 1,5 milhões de doses do remdesivir, o que, segundo a empresa, é suficiente para mais de 140 mil pacientes, embora esse número aumente se o medicamento puder ser administrado por um período mais curto.
“Estamos trabalhando para construir um consórcio global de fabricantes de produtos farmacêuticos e químicos para expandir a capacidade e a produção global”, disse o presidente-executivo da Gilead, Daniel O’Day, em carta aberta ontem (29).
Ele também disse que a Gilead está procurando maneiras de potencialmente levar o tratamento a uma população mais ampla de pacientes, investigando outras formulações e meios de administrar a droga.
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O estudo mostrou uma tendência para a sobrevivência melhor para remdesivir – 8% de pacientes que receberam o remédio morreram comparado com 11,6% no grupo que recebeu placebo – mas a diferença não foi estatisticamente significativa, de forma que a diferença pode não ser devido ao remédio.
O principal pesquisador do estudo disse à Reuters que os resultados completos podem chegar em meados de maio.
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