Dólar chega a superar máxima histórica acima de R$ 5,25

1 de abril de 2020
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Às 10:15, a moeda norte-americana avançava 0,93%, a R$ 5,2426 na venda

O dólar abriu hoje (1) em alta acentuada contra o real, chegando a renovar máxima histórica acima de R$ 5,25 em meio a sinais crescentes do impacto econômico da pandemia de coronavírus.

Às 10:15, a moeda norte-americana avançava 0,93%, a R$ 5,2426 na venda, enquanto o dólar futuro mais negociado tinha alta de 0,63%, a R$ 5,248. Na máxima do dia, o dólar spot chegou a tocar R$ 5,2520 na venda, nova máxima recorde intradia, alta de 1,11%.

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Mais uma vez, os mercados voltavam as atenções para os efeitos econômicos da atual crise de saúde, com dados pessimistas e sinais de aprofundamento na disseminação do vírus elevando a expectativa de uma recessão global.

A atividade industrial da zona do euro entrou em colapso no mês passado, enquanto a criação de postos de trabalho no setor privado norte-americano recuou em março pela primeira vez desde 2017.

Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou os norte-americanos dizendo que as próximas duas semanas serão muito difíceis na luta contra o coronavírus, com as autoridades de saúde da Casa Branca prevendo um enorme salto nas mortes relacionadas à doença, mesmo com medidas rigorosas de distanciamento social.

“Há um clima super pesado, com o corona – principalmente nos EUA – atingindo patamares inimagináveis”, disse à Reuters Jefferson Laatus, sócio fundador do grupo Laatus.

“Isso assusta bastante o mercado, porque tem um impacto econômico sem precedentes”, afirmou Laatus. “Isso vai causar uma desaceleração enorme, não só nos Estados Unidos, mas no mundo todo.”

Com maior aversão a risco no exterior, a moeda norte-americana ganhava força contra peso mexicano, lira turca, rand sul-africano e dólar australiano, principais pares arriscados do real.

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No Brasil, o Banco Central, a partir de hoje, dará início à rolagem de contratos de swap cambial com vencimento em 4 de maio de 2020, totalizando US$ 4,9 bilhões.

A medida não ajudava a aliviar a pressão sobre o real, mas, segundo Laatus, “tendo pressões adicionais, o BC pode atuar mais vezes nos mercados, inclusive com venda spot, de dólar à vista”.

O dólar interbancário fechou o último pregão em alta de 0,25%, a R$ 5,1944 na venda, segunda maior cotação para encerramento da história.

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