Os pesquisadores aventaram algumas hipóteses para a “carga viral” menor, entre elas que as medidas de isolamento podem ter diminuído a exposição dos pacientes ao vírus, mas o estudo não forneceu indícios para explicar a conclusão.
Alberto Zangrillo, chefe da unidade de tratamento intensivo do Hospital San Raffaele de Milão, disse à época que seus comentários seriam reforçados por uma pesquisa coliderada pelo colega cientista Massimo Clementi a ser divulgada em breve.
Mas o estudo de Clementi, publicado hoje no periódico científico “Clinical Chemistry and Laboratory Medicine”, não procurou mutações no vírus ou mudanças nos pacientes que poderiam explicar por que a doença pareceu menos grave no geral nos pacientes em maio.
Ao invés disso, o estudo procurou ligações entre a gravidade da doença e a quantidade de vírus –a carga viral– nos pacientes.
Com base nos resultados, os pesquisadores calcularam que as cargas virais dos pacientes estavam mais altas em abril. Os pacientes analisados em abril também tiveram sintomas mais intensos e maior probabilidade de precisar de hospitalização e tratamento intensivo, descobriram eles.
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As cargas virais foram semelhantes em mulheres e homens, mas mais elevadas em pacientes de 60 anos ou mais e naqueles com casos graves de Covid-19.
Entre as outras explicações possíveis estão a prática mais ampla do distanciamento social, do uso de máscaras e da lavagem de mãos em maio do que em abril, as temperaturas mais altas e a poluição menor, disseram. (Com Reuters)
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