Nesse mesmo intervalo de dez anos, Google, Amazon, Apple e Facebook tornaram-se as empresas mais valiosas do planeta; entramos num carro escolhido por um aplicativo e os DVDs sumiram com o entretenimento por meio de assinaturas da Netflix, Apple TV, Spotify.
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A vida se transformou em poucos momentos. Também passamos a conviver com outros perigos: conhecemos a pandemia, a proliferação dos crimes cibernéticos e o sequestro de nossos dados. Foi tudo muito intenso.
Até os negócios agrícolas tradicionais agora são diferentes com o uso de GPS e máquinas que basicamente podem se mover sozinhas. Não existe linha de chegada, a meta é evoluir, aprimorar e sempre levar tudo para um outro nível. A tecnologia, o agronegócio e o empreendedorismo agora caminham de mãos dadas.
E todas essas transformações também estão sendo acompanhadas por uma saudável mudança de hábitos, que redesenhou a atuação das empresas movidas por um propósito de melhorar a vida das pessoas: as empresas sociais, que estão se tornando cada vez mais comuns no vasto cenário de negócios de hoje.
De certa maneira, estamos todos um pouco mais conscientes sobre como afetamos o mundo ao nosso redor. E as empresas sociais estão oferecendo a milhões de consumidores uma maneira mais eticamente satisfatória de gastar seu dinheiro.
E não faltam setores nem variedade de mercados em que uma empresa social pode atuar, de alimentos a comunicação, de bancos a entretenimento.
A verdade é que mais e mais consumidores, com características e níveis socioeconômicos diferentes, estão escolhendo opções de consumo responsável. Isso implica dizer que eles tomam decisões de compra com base em valores pró-sociais ao consumir produtos e serviços que obrigam as organizações a configurarem estrategicamente seu modelo de negócios.
Nelson Wilians é advogado, fundador e presidente do Nelson Wilians Advogados, o maior escritório de advocacia empresarial do país, e do NW Group. Formado pela Instituição Toledo de Ensino (ITE), dedica-se a diversas áreas do direito, especialmente a empresarial e estratégica, além de desempenhar intensa atividade como palestrante sobre o papel do novo profissional do Direito no contexto atual. Escreve sobre a dinâmica de negócios e as transformações no mercado.
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Artigo publicado na edição 92 da revista Forbes, em novembro de 2021.