Um assunto que falo muito em minhas palestras, artigos e redes sociais é sobre a chamada síndrome da impostora. Sabe aquela sensação que você tem, em algum momento da sua vida, de que não vai dar conta? Ou mesmo quando você se sente menor e menos preparada que os demais? Então, você não é a única! Eu já tive essa impressão diversas vezes em minha jornada e boa parte dos profissionais bem-sucedidos, sobretudo as mulheres, sentem isso em algum momento da carreira.
Lutas em comum, vitórias em comum! Se todas passamos por isso em algum momento de nossas vidas, nada melhor que nos unir para superar os nossos desafios. Por isso o “escolha desafiar-se” faz tanto sentido em ter sido selecionado como tema do Dia Internacional da Mulher deste ano. A luta de todas as mulheres ao longo deste século nos inspira, impulsiona e desafia a vencer juntas esse inimigo invisível, mas real.
Uma delas é a empreendedora Karine Oliveira, de 27 anos, CEO da Wakanda. Ela foi uma das minhas investidas da 5ª temporada do “Shark Tank Brasil”, e mostrou todo seu potencial, autenticidade e experiência que deram alma ao seu negócio. Tanto que Karine teve seu trabalho listado entre os nomes da Forbes Under 30 2020 – que destaca os jovens brasileiros mais influentes, empreendedores e inovadores do ano -, na categoria “Ciência e Educação”.
Sarah Almeida é outro poderoso exemplo de mulher que se desafiou e tirou de dentro de si o potencial necessário para tornar-se um pouco melhor não apenas sua vida, mas também o mundo. Ela criou o e-commerce de moda sustentável e circular Florent, com a proposta de ressignificar peças antigas e transformá-las em novos modelos. Também uma das minhas investidas do “Shark Tank”, que mostrou que os desafios na verdade revelam nossa capacidade, basta enfrentá-los!
Poderíamos citar inúmeros outros exemplos, como da Fernanda Dias Coelho, fundadora da #deixaelatreinar, e-commerce de moda esportiva que aborda questões como falta de patrocínio, preconceito, assédio e desigualdade de gênero no esporte. Ela também participou do programa e mesmo não tendo sido escolhida por nenhum dos tubarões, ela mostrou que projetos ou causas podem virar um negócio!
Com o tempo, eu passei a olhar mais para mim, analisar minhas fraquezas e trabalhar para melhorar. E também percebi que essa não é uma jornada solitária. Contei sim com dicas, sugestões e apoio de vários mentores e mentoras. Com isso, consegui treinar meu olhar para distinguir situações enviesadas e sair delas com argumentos e contexto – tendo confiança naquilo que eu posso entregar ou do que eu preciso evoluir. Não é fácil, é um processo de amadurecimento e construção contínua. E, claro, eu acredito que criar um círculo de confiança em que podemos compartilhar nossas dúvidas, medos e vulnerabilidades é uma hábito extremamente saudável, seja você estagiária ou CEO. Isso porque esses olhares de fora da situação, essa análise externa, podem nos ajudar a construir a visão sobre nossas próprias capacidades e limitações.
O Dia Internacional da Mulher e todas as questões que o envolvem, mostra que nós precisamos uma das outras para romper com os nossos desafios em comum. Precisamos, juntas, mostrar que nós somos as principais responsáveis pelas nossas vidas e carreiras.
E que ninguém melhor do que nós mesmas para celebrar nossas vitórias, dar apoio e feedbacks para melhorias. Afinal, se do desafio vem a mudança, então vamos todas escolher o desafio de encarar de frente a síndrome da impostora e vencer mais essa luta, como uma mulher!
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