Transformação digital: entre dinossauros e unicórnios

9 de setembro de 2021
NanoStockk/Getty Images

Atualmente já é muito difícil encontrar negócios promissores que não tenham passado por transformação digital, utilizando recursos tecnológicos seja no intercâmbio de informações, meios de pagamento ou relacionamento entre marca e consumidor

Não será do dia para a noite que uma startup ganhará a denominação de unicórnio, por ter sido avaliada em mais de US$ 1 bilhão. Mas qualquer empresa que em pleno século 21 ainda não tenha começado o processo transformação digital de seu negócio, caminhará a passos largos para ser reconhecida como dinossauro.

Atualmente, já é muito difícil encontrar negócios promissores que não usem recursos tecnológicos, seja no intercâmbio de informações, meios de pagamento ou relacionamento entre marca e consumidor. Percebe-se, neste contexto, que a transformação digital é a verdadeira estratégia que separará os negócios competitivos daqueles que ficarão defasados, independentemente de seu nicho ou segmento de mercado.

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Dessa forma, países que não se alinharem a essa nova realidade também ficarão menos propensos a crescer e receber investimentos estrangeiros. Por essa razão, sofrerão impactos econômicos que comprometerão empregos e a qualidade de vida de seus cidadãos.

E quais os principais caminhos estruturantes dessa guinada ao futuro da economia e desenvolvimento?

Educação como estratégia de governo para transformação digital

É importante ressaltar a necessidade de decisões governamentais que visem a melhoria da formação e capacitação de profissionais em tecnologia. Apenas desse modo é possível que a força de trabalho possa lançar mão dessas novas ferramentas.

Com a mão de obra mais qualificada, o Brasil poderá ficar mais competitivo no mercado global, construindo assim fontes de recursos, não apenas para a sociedade atual, como para as gerações futuras.

Principais etapas para implantar a transformação digital nas empresas

A transformação digital contempla mudanças significativas na gestão e cultura de qualquer companhia. Isso inclui, evidentemente, a condução de novos processos internos das organizações, bem como o relacionamento com os diversos atores do mercado: consumidores, fornecedores, governos, comunidades e investidores.

Para que se atinjam tais objetivos, é preciso pensar os seguintes eixos:

• Investimento em sistemas de tratamento integrado de dados, com uso de armazenamento em nuvem, data lake, inteligência artificial, entre outras tecnologias;
• Atuação mais consistente em redes sociais e plataformas de comunicação de dispositivos móveis e aplicativos;
• Qualificação e treinamento de pessoas para uso dessas novas tecnologias;
• Revisão e melhoria contínua de processos operacionais;
• Melhoria de informações para tomadas de decisão mais ágeis e seguras;
• Mudança de cultura da organização, a fim de trabalhar com meios digitais de análise de qualidade e voltada para mudanças rápidas e constantes;
• Busca por ferramentas de analytics como apoio para a gestão;
• Manutenção da empresa em padrões sustentáveis ao negócio, fazendo uso de sistemas preditivos;
• Readaptação dos ambientes de trabalho com novas configurações, jornadas e ajuste de equipes.

Essa trilha é realmente desafiadora. Muitas empresas ainda vivem o velho ditado “em time que está ganhando não se mexe” ou insistem em replicar modelos de gestão e cultura pouco competitivos.

Por isso, para se conseguir vencer o desafio da transformação digital, é essencial contar com suporte qualificado de parcerias com experiência em projetos desse tipo. Nas palavras de Fabiano Cruz, Head of Digital Strategy & Martech da Deal Technologies, uma das empresas especializadas no assunto: “as empresas que cocriam com seus parceiros e clientes são as que têm mais maturidade digital e evolução contínua”.

Com parcerias estratégicas, os gestores terão a oportunidade de trabalhar com especialistas do mercado que conduzirão a empresa rumo ao futuro da economia. E quanto mais empresas estiverem inseridas em um mundo em constante mudança, menos dinossauros teremos e mais o nosso país se desenvolverá.

Vitor Magnani é presidente da Associação Brasileira Online to Offline (ABO2O) e do Conselho de Economia Digital e Inovação da Fecomercio/SP. Professor da FIA e especialista em Relações Institucionais e Governamentais para ecossistemas inovadores.

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.

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