extensão territorial do Brasil.
Desde 2013, por exemplo, a Amazon indica a possibilidade de utilizar drones em suas entregas, mas até o momento a gigante de tecnologia ainda não possui nada concreto em sua operação. Portanto, o assunto não é tão simples como é possível imaginar e a utilização dos drones para realizar entregas pode levar mais alguns anos, mesmo com a autorização da Anac.
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Com isso, listo abaixo alguns desafios e pontos importantes para o setor na implementação dos drones em suas operações logísticas:
Segurança: em caso de novas autorizações, poderemos ter vários drones de diferentes empresas sobrevoando as nossas cabeças. Como organizar esse espaço aéreo de maneira segura?
Limitações: os drones mais tradicionais são limitados na questão do peso. Eles podem carregar produtos com cerca de 3kg. Nesse sentido, entregas de produtos mais pesados continuarão com a logística convencional.
Chuvas: drones são equipamentos eletrônicos e em dias de chuvas pesadas, podemos ter um acúmulo de entregas por conta de temporais, que fecham até aeroportos, por exemplo. Esses equipamentos estão preparados para isso?
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Privacidade: drones têm a possibilidade de filmar e tirar fotos. Com tantas aeronaves vindo e ido, como garantir nossa privacidade?
Ainda existe um grande trabalho a ser feito antes da efetividade do uso de drones para entregas de encomendas. No quesito operacional, as empresas precisarão melhorar a gestão de rotas, o que significa mais trabalho e suporte de softwares para viabilizar a operação.
Além disso, precisamos ficar atentos às questões de segurança física, mantendo a integridade dos consumidores que receberão os seus produtos via drone. É um caminho longo a ser construído, mas que faz parte do crescimento do varejo no Brasil.
Vitor Magnani é presidente da Associação Brasileira Online to Offline (ABO2O) e do Conselho de Economia Digital e Inovação da Fecomercio/SP. Professor da FIA e especialista em Relações Institucionais e Governamentais para ecossistemas inovadores.