Gamers brasileiros estão mais diversos e mulheres predominam

1 de março de 2024
Mulheres gamers

Nos últimos anos, as mulheres têm sido dominantes no consumo de jogos eletrônicos, principalmente devido à presença significativa nos smartphones

Os gamers brasileiros já representam a maioria dos cidadãos com acesso a internet. De acordo com a Pesquisa Game Brasil (PGB), 73,9% da população no Brasil afirma jogar algum tipo de game digital. Comparado ao ano de 2023, o dado apresenta um aumento de 3,8 pontos percentuais. A edição deste ano, da principal pesquisa do setor no Brasil, ouviu 13.360 pessoas no Brasil, em 26 estados e no Distrito Federal, durante os meses de dezembro de 2023 e janeiro deste ano, 85,4% consideram que jogos eletrônicos são uma das suas principais formas de diversão.

  • Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida

O estudo é desenvolvido pelo SX Group e Go Gamers em parceria com Blend New Research e ESPM. “Cada vez mais os games tem um papel importante no dia a dia do jogador brasileiro, se consolidando como uma plataforma de diversão, motivação, socialização e identidade.”, diz Guilherme Camargo, sócio do SX Group e professor na pós-graduação da ESPM.

A diversidade no meio gamer

Nos últimos anos, as mulheres têm sido dominantes no consumo de jogos eletrônicos, principalmente devido à presença significativa nos smartphones. Embora os homens tenham se tornado a maioria no ano passado (53,8%), os números se igualaram tecnicamente neste ano, com 50,9% do público sendo feminino e 49,1% masculino.

“O retrato dos jogadores de jogos digitais está cada vez mais em linha com o censo demográfico e socioeconômico do Brasil. A presença das mulheres liderando o consumo, a representatividade de pretos e pardos dentro do mercado de jogos digitais e com a ascensão de classes sociais com menor poder aquisitivo tendo o smartphone como plataforma.”, afirma Camargo.

Leia também:

Em relação à idade, os dados indicam um envelhecimento do público gamer. As faixas etárias mais representadas são de 30 a 34 anos, com 16,2%; e de 35 a 39 anos, com 16,9%. Em contraste, os públicos mais jovens apresentam uma participação menor, com 14,6% para a faixa dos 20 a 24 anos e os mesmos 14,6% para a faixa dos 25 a 29 anos. A faixa etária mais jovem, de 20 a 24 anos, teve uma diminuição de 0,5 pontos percentuais, e a de 25 a 29 anos teve uma diminuição de 1,6 pontos percentuais em comparação com a pesquisa de 2023.

Quando o tema e a etnia dos gamers brasileiros, como observado em edições anteriores, a maioria é de origem negra (52,3%), quando se somam aqueles que se identificam como pretos (11,2%) ou pardos (41,2%), enquanto pessoas que se declaram brancas representam 44,6% dos jogadores de jogos eletrônicos no Brasil.

Quanto à classe social, a PGB 2024 revela que a maioria dos gamers brasileiros ainda pertence à classe média (B2, C1 e C2), totalizando 64,8%. A classe média-alta (B1) representa 11,6% do público; a classe alta (A) representa 15,8%; e a base da pirâmide (classes D e E) representa 7,8%.

Smartphone segue como plataforma favorita

O fácil acesso, a ampla oferta de jogos e a mobilidade fazem dos celulares os preferidos dos jogadores brasileiros. Com 48,8%, os dispositivos móveis lideram, seguidos pelos computadores, com 22,6%, e pelos consoles, com 21,7%, de acordo com a pesquisa de 2024 da PGB. Em comparação com o ano anterior, houve uma queda de 2,9 pontos percentuais (51,7%), mas a diferença para os outros meios de jogo ainda é significativa.

Um ponto a destacar é que os computadores recuperaram o segundo lugar na preferência dos brasileiros. Passando de 19,4% para 22,6%, os PCs, que incluem desktops e notebooks, estão bem equilibrados com os consoles, que têm apenas 0,9 pontos percentuais de diferença.