O petróleo Brent, valor de referência internacional, também recuou, mas a fraqueza não foi nem de longe tão grande quanto à do WTI, uma vez que globalmente há mais espaço disponível para armazenamento.
O contrato de maio do petróleo dos EUA fechou em queda de US$ 55,90, ou 306%, a US$ 37,63 negativos por barril, depois de tocar uma mínima histórica de US$ 40,32 negativos. O Brent cedeu US$ 2,51, ou 9%, para US$ 25,57 o barril.
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A demanda física por petróleo secou, criando um excesso de oferta global em um momento em que bilhões de pessoas ficam em casa para frear a disseminação do novo coronavírus.
As refinarias estão processando muito menos petróleo que o normal, o que faz com que milhões de barris fiquem “presos” em instalações de armazenamento em todo o mundo. Tradings contrataram navios apenas para ancorá-los e enchê-los de petróleo. Um recorde de 160 milhões de barris está estocado em navios-tanque no mundo.
O contrato de junho do WTI, mais ativo, terminou a sessão em nível muito superior ao maio, cotado a US$ 20,43 o barril. O spread entre os dois vencimentos chegou a bater US$ 60,76, o maior da história para dois contratos próximos.
Os preços negativos do petróleo nos EUA significam que, pela primeira vez na história, vendedores têm de pagar aos compradores para que estes recebam os contratos futuros. Não está claro, porém, se isso chegará aos consumidores, que geralmente observam os preços mais baixos sendo traduzidos em valores menores da gasolina nas bombas. (Com Reuters)
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