Nesse pior cenário, o BCE iniciaria uma ação legal sem precedentes contra o banco central alemão, seu maior acionista, para levá-lo de volta ao programa, disseram as fontes, que falaram sob condição de anonimato.
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A corte constitucional da Alemanha deu ao BCE até o início de agosto para justificar sua compra maciça de títulos governamentais ou continuar o esquema sem o Bundesbank, que deveria realizar mais de um quarto das compras de títulos.
A maioria das fontes espera que a contestação legal da corte em Karlsruhe seja resolvida pelo próprio Bundesbank, demonstrando que a política é apropriada e resolvendo as preocupações sobre seus efeitos colaterais.
Mas funcionários do BCE e dos bancos centrais de países da zona do euro estão se preparando para o que uma fonte descreveu como “inacreditável”: um cenário em que a corte proíbe o banco central alemão de participar das compras.
Elas disseram que esses planos ainda não haviam sido finalizados ou oficialmente discutidos pelo Conselho do BCE.
Porta-vozes do BCE e do Bundesbank se recusaram a comentar.
SEM COMPARTILHAMENTO DE RISCOS?
O BCE desacelerou as compras de títulos alemães desde o início da pandemia de coronavírus, concentrando seu poder de fogo na Itália, que está sob pressão no mercado de títulos, já que o surto devastou suas já instáveis finanças públicas.
As compras de Bunds pelo Bundesbank totalizaram apenas € 628 milhões em abril, ou apenas 2,3% dos títulos do governo comprados sob o PSPP naquele mês.
Mas mesmo que o Bundesbank abandone o esquema, deixar os Bunds de fora não é uma opção, uma vez que eles servem como referência de facto da zona do euro para investidores privados, graças à sua classificação de crédito de primeira linha e ampla disponibilidade.
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