O dólar à vista cedeu 2,26%, a R$ 5,1531 na venda. É a maior queda percentual diária desde 8 de junho (-2,66%) e o menor patamar desde 15 de junho (R$ 5,1421).
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Na B3, o dólar futuro recuava 1,79%, a R$ 5,1605, às 17h07.
No exterior, o índice do dólar contra uma cesta de moedas fortes cedia 0,2%, enquanto o euro e moedas como dólar australiano, peso mexicano e rand sul-africano se valorizavam na esteira do clima favorável a ativos mais arriscados.
Dados preliminares de atividade nos EUA e na Europa mostraram quedas menos intensas em junho, reforçando esperanças de que as principais economias possam se recuperar antes que o previsto do tombo causado pelos bloqueios decorrentes da crise de saúde da Covid-19.
Ainda na segunda-feira, o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que o acordo estava “totalmente intacto”. O diretor do Conselho Econômico Nacional dos EUA, Larry Kudlow, repetiu as palavras de Trump. E o próprio Navarro voltou atrás em suas declarações e disse que seus comentários foram interpretados “extremamente fora de contexto”.
No plano local, analistas chamam atenção para os movimentos nos mercados de câmbio e ações. Enquanto o dólar teve forte queda nesta terça, o Ibovespa não chegou a anular na sessão as perdas da véspera, quando o dólar também caiu.
“Uma das alocações que mais ‘andou’ esse mês foi o Comprado em Ibovespa e Comprado em Dólar. Estamos vendo alguma ‘realização de lucros’ destas posições nos últimos dois dias”, disse Dan Kawa, sócio da TAG Investimentos.
O real liderou com folga os ganhos entre as principais moedas nesta sessão. Analistas também atribuíram a força “extra” à sinalização mais cautelosa do Banco Central sobre novos cortes de juros, conforme ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) publicada na manhã desta terça-feira.
No documento, o BC apontou que o país já estaria próximo do limite efetivo mínimo para a taxa básica de juros Selic, a partir do qual novos cortes seriam contraproducentes.
A Selic foi reduzida na semana passada a nova mínima recorde de 2,25% ao ano, e alguns no mercado veem taxa de juros ao fim de 2020 em 2% ou até menos. Quanto menor esse patamar, menor o retorno pago pelo Brasil em títulos de renda fixa, o que desestimula aplicação na renda fixa doméstica, já que outros emergentes têm juros mais altos e medidas mais baixas de risco.
Mas o Goldman Sachs acredita que um corte adicional da Selic em agosto ainda é provável, sem prejudicar em demasia o câmbio.
Para Alberto Ramos, diretor de pesquisas econômicas para a América Latina do banco privado, previsões de inflação para 2021 “muito confortáveis” e núcleos de inflação rodando abaixo de níveis compatíveis com cumprimento da meta sugerem que novo corte é mais provável do que nenhum ajuste, “barrando mais elevações no prêmio de risco fiscal e/ou uma performance significativamente mais fraca para o real”, disse Ramos em nota. (Com Reuters)
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