Dólar ajusta para baixo, mas sente incerteza sobre ajuda fiscal nos EUA

11 de agosto de 2020
Ricardo Moraes/Reuters

No fechamento, moeda norte-americana caiu 0,91%, a R$ 5,4149 na venda

O dólar caiu 0,9% ante o real hoje (11), com a moeda brasileira seguindo correção vista em outras divisas emergentes que recentemente sofreram expressivas quedas, mas se afastou das mínimas da sessão em meio a incertezas sobre o pacote fiscal nos Estados Unidos.

O tom foi mais positivo durante o meio da tarde, quando o dólar chegou a cair 1,69% e o índice S&P 500 da Bolsa de Nova York se manteve perto de recordes, mas o mercado perdeu ânimo depois de o líder republicano do Senado dos EUA, Mitch McConnell, dizer que negociadores da Casa Branca não conversaram nesta terça-feira com líderes democratas no Congresso dos EUA sobre o projeto de lei de alívio aos efeitos do coronavírus, após as negociações terem sido interrompidas na semana passada.

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No fechamento, o dólar à vista caiu 0,91%, a R$ 5,4149 na venda. Na máxima, alcançada pela manhã, a moeda subiu 0,33%. Na B3, o dólar futuro tinha queda de 1,39%, a R$ 5,4105, às 17h11.

O real esteve entre as moedas de melhor desempenho da sessão, junto com peso chileno, peso colombiano, rand sul-africano e lira turca –divisas que, acompanhadas da brasileira, sofreram as maiores liquidações nos últimos pregões.

Além disso, na máxima da sessão, quando bateu R$ 5,4830, o dólar se aproximou da marca de R$ 5,50 reais, que para analistas do DailyFX representa uma importante resistência. Ao mesmo tempo, na mínima do dia, de R$ 5,3723, a divisa caminhou para o suporte de R$ 5,35 –indicando limitação para as oscilações da moeda dentro dessa banda.

Para os próximos meses, alguns analistas veem chances de um dólar mais baixo. O Banco MUFG Brasil vê a cotação em R$ 5,10 ao fim de 2020, citando melhora do ambiente político e retorno de debate sobre reformas.

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“A reforma tributária é muito complexa e levará vários meses de discussão, mas o importante é que o Congresso ainda está propenso a avançar a agenda econômica após a crise da Covid-19 e de várias tensões com o Executivo”, disse o banco em relatório. (Com Reuters)

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