O dólar engatava leve baixa em relação ao real hoje (10), dia de atenção dos mercados internacionais à visão do Banco Central Europeu sobre a economia da zona do euro, enquanto dados domésticos sobre inflação e vendas no varejo entravam no foco dos investidores.
Às 10:37, o dólar recuava 0,24%, a R$ 5,2874 na venda, depois de ter sido negociado em leve alta no início do pregão. O contrato mais líquido de dólar futuro perdia 0,53%, a R$ 5,2835.
Na manhã de hoje, a presidente do BCE, Christine Lagarde, deu entrevista logo após a decisão de política monetária da instituição em que apresentou projeções econômicas para a zona do euro e comentou expectativas sobre sua trajetória de recuperação.
Além disso, diante das preocupações dos mercados internacionais com a disparada do euro ante um dólar fraco, Lagarde disse que o banco central seguirá monitorando a taxa de câmbio do par de moedas mais negociado do mundo.
Havia “expectativa sobre a reunião de política monetária da Europa devido ao euro, para ver se o BCE tomaria alguma iniciativa sobre o câmbio”, comentou à Reuters João Leal, economista da Rio Bravo Investimentos, citando esse como um dos dois principais motores do mercado neste pregão.
O outro fator que chamava a atenção dos investidores locais, segundo João Leal, era a notícia de que o setor varejista brasileiro permaneceu em expansão em julho, com o terceiro aumento seguido das vendas e no ritmo mais forte para o mês na série histórica diante da flexibilização das medidas de contenção ao coronavírus.
“Acho que esses dados de varejo surpreenderam positivamente, mostrando que a economia brasileira está se recuperando fortemente, o que favorece o real”, explicou.
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Além dessa melhora doméstica, “um cenário global mais benigno para ativos arriscados” levou o banco a elevar suas expectativas para a divisa brasileira, projetando o real em 5,25 por dólar ao final do ano, ante previsão anterior de R$ 5,75. Para 2021, o Itaú BBA manteve a expectativa para a taxa de câmbio em R$ 4,50 por dólar.
Diante dos dados econômicos recentes, alguns analistas voltavam as atenções para a inflação brasileira, com o dólar em patamares elevados sendo apontado como impulso aos preços domésticos.
Números da Fundação Getulio Vargas de hoje mostraram que os preços no atacado dispararam para o maior nível em 26 anos na primeira prévia de setembro, levando o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) a acelerar sua alta a 4,41%.
Na última sessão, a moeda norte-americana à vista havia registrado queda de 1,23% contra o real, a R$ 5,3000 na venda.
Neste pregão, o Banco Central fará leilão de swap tradicional para rolagem de até 12 mil contratos com vencimento em março e julho de 2021. (Com Reuters)
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