Ibovespa fecha em alta de 0,95% com ajuda do FED e da Moody's

2 de maio de 2024

O Ibovespa fechou em alta de 0,95% nesta quinta-feira (2). A B3 reagiu à indicação do banco central dos Estados Unidos, na véspera, descartando a hipótese de novas altas de juros na maior economia do mundo. As ações de Bradesco e Weg figuraram entre as maiores quedas após resultados do primeiro trimestre.

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O Ibovespa subiu 0,95%, a 127.122,25 pontos, de acordo com dados preliminares, embalado pela melhora da perspectiva do rating brasileiro pela Moody’s anunciada na quarta-feira (1), quando o mercado estava fechado. Na máxima do dia, chegou a 127.670,16 pontos. Na mínima, a 125.925,55 pontos.

Para Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos, a volta do feriado refletiu uma melhora no apetite ao risco dos investidores. Isso, devido a combinação de um discurso mais leve do que do Fed e da melhora da perspectiva da nota de crédito do Brasil pela Moody’s. Assim o Ibovespa recuperou os 127 mil pontos. Também, refletiu uma alta bastante generalizada dentro da sua composição, impulsionado pela valorização das blue chips, como Vale, Petrobras e bancos, com exceção do Bradesco.

As ações do setor de frigoríficos registraram alta. Isso, refletiu o bom desempenho da subsidiária americana da JBS, Pilgrim’s Pride, que registrou lucro líquido de US$ 174,4 milhões. O Ebitda de US$ 371,9 milhões, alta de 144,8% ante ano anterior.

O volume financeiro no pregão somava R$ 21,9 bilhões antes dos ajustes finais.

“A melhora no cenário se refletiu na queda dos juros futuros e queda do dólar. Tudo isso, aliado às revisões para cima nas perspectivas de crescimento do PIB brasileiro ajudaram para a valorização de ações de varejo”, diz Nishimura.

O dólar fechou em forte baixa ante o real nesta quinta-feira (2), com as cotações reagindo, na volta do feriado, às mensagens de política monetária do Federal Reserve. Além, da decisão da Moody’s de melhorar a perspectiva de classificação de crédito do Brasil.

“No dólar, vemos um movimento de ajuste para ficar em uma área de negociação entre R$ 5,00 e R$ 5,20”, comentou Anderson Silva, head de renda variável e sócio da GT Capital

A moeda norte-americana à vista fechou o dia cotada a R$ 5,1135 na venda, em baixa de 1,53%. Foi o maior recuo percentual em um único dia desde 23 de agosto do ano passado, quando cedeu 1,63%. Em 3 de novembro do ano passado, o dólar também havia recuado 1,53%.

Às 17h14, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,72%, a R$ 5,1275 na venda.