De acordo com dados informados hoje (1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a contração do Produto Interno Bruto (PIB) se aprofundou entre abril e junho depois de queda de 2,5% no primeiro trimestre, em dado revisado de recuo de 1,5% informado anteriormente.
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A deterioração da atividade fica ainda mais clara na comparação anual, uma vez que o PIB apresentou perdas de 11,4% sobre o segundo trimestre de 2019, também a queda mais forte da série iniciada em 1996, de acordo com o IBGE.
Com esses resultados, a contração acumulada no primeiro semestre deste ano chegou a 5,9% em relação ao mesmo período de 2019, de acordo com o IBGE. Em todo o ano passado, houve crescimento de 1,1% do PIB.
Com isso, o PIB encontra-se agora no mesmo patamar do final de 2009, auge dos impactos da crise global.
PERDAS RECORDES
O IBGE informou, que do lado da produção, a Indústria foi a mais afetada com recuo recorde da produção de 12,3% no segundo trimestre sobre o primeiro. Somente a indústria de transformação apresentou perdas de 17,5%, enquanto construção caiu 5,7% e a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto recuou 4,4%.
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A Agropecuária, por sua vez, mostrou que passou praticamente incólume à pandemia ao registrar crescimento de 0,4%, devido principalmente à produção de soja e café.
Do lado das despesas, a Formação Bruta de Capital Fixo, medida de investimento, despencou 15,4% no segundo trimestre, enquanto as despesas das famílias, que representam 65% do PIB, recuaram um recorde de 12,5% diante do isolamento social. Já as despesas do governo recuaram 8,8%.
“O consumo das famílias não caiu mais porque tivemos programas de apoio financeiro do governo. Isso injetou liquidez na economia. Também houve um crescimento do crédito voltado às pessoas físicas, que compensou um pouco os efeitos negativos”, explicou a coordenadora do IBGE Rebeca Palis. (Com Reuters)
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