Atividade econômica do Brasil desacelera em agosto, mas com alta de 1,06% na comparação mensal, diz BC

15 de outubro de 2020
EdsonSouza/GettyImages

Atividade econômica do Brasil desacelera em agosto, mas com alta de 1,06% na comparação mensal, diz BC. Foi a quarta alta consecutiva do IBC-Br na comparação mensal, mas veio abaixo do esperado por analistas, que apontavam um aumento de 1,60%, segundo pesquisa

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), apontou alta de 1,06% em agosto, na comparação com o mês anterior, de acordo com dado divulgado pela autarquia hoje (15).

Foi a quarta alta consecutiva do IBC-Br na comparação mensal, mas veio abaixo do esperado por analistas, que apontavam um aumento de 1,60%, segundo pesquisa da Reuters.

Sobre agosto de 2019, o IBC-Br apresentou encolhimento de 3,92% e, em 12 meses, acumulou recuo de 3,09%.

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A produção industrial registrou aumento de 3,2%, em comparação com o mês de julho, mas ainda ficou 2,6% abaixo do nível de fevereiro deste ano. Já as vendas no varejo restrito avançaram 3,4% na mesma comparação e atingiram o maior volume da série histórica do IBGE.

O volume de serviços, setor mais afetado pelos bloqueios causados pela pandemia, cresceu 2,9% no mês na comparação mensal, desempenho recorde para agosto e acima do esperado.

Em julho, a atividade teve alta de 3,71% sobre o mês anterior, segundo dado revisado pelo BC, que inicialmente havia reportado crescimento de 2,15% para o mês.

Dados setoriais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já haviam apontado a continuidade do processo de recuperação em agosto, em meio à flexibilização das medidas impostas pelas autoridades para conter a pandemia de Covid-19.

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O economista Alberto Ramos, do banco norte-americano Goldman Sachs, disse esperar uma continuidade da recuperação nos meses futuros, em meio a flexibilização dos bloqueios, estímulos fiscais adicionais, defasagem monetária e alta dos preços das commodities.

O governo estima que o PIB encolha 4,7% neste ano, o que seria o pior resultado da série histórica.

Já o mercado prevê recuo de 5,03% em 2020 e avanço de 3,50% em 2021, segundo o último Relatório Focus do BC.

“As perspectivas para setembro são positivas, mas reforçamos os riscos do cenário em torno da redução do auxílio emergencial e da questão fiscal”, disseram analistas da Modalmais em relatório do banco digital. (Com Reuters)

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