A melhora na avaliação do cenário é resultado, principalmente, da revisão para cima do desempenho do crédito direcionado, cuja previsão de expansão mais que dobrou, passando de 3,0% (agosto) para 7,1% (setembro).
Para o crédito livre, as revisões também são positivas, com expectativa de crescimento para 10,7% em setembro, contra 8,6% projetados na pesquisa de agosto. Neste segmento, a alta foi puxada tanto pelos empréstimos destinados às empresas, quanto às famílias. Para os clientes PJ, a projeção passou de uma alta de 12,3% (na pesquisa de agosto) para 15,7%.
A projeção para a carteira de crédito destinado aos clientes PF também melhorou, de 5,6% para 6,7%. Esse aquecimento é influenciado pela recuperação da atividade econômica e pela continuidade da elevada demanda por capital de giro das empresas.
Para 2021, o desempenho esperado da carteira de crédito total é de 7,2%.
Cenários para a Taxa Selic
No geral, os participantes (94,6%) entendem que a recente alta dos preços dos alimentos não deve ser suficiente para pressionar as projeções de inflação em 2021 e alterar condução da política monetária.
Em relação às projeções para o PIB de 2021, metade dos participantes (52,6%) espera crescimento de 3,5%, em linha com o consenso do mercado. Para 26,3%, a redução dos estímulos do governo e um cenário econômico deteriorado deve gerar revisões para baixo do desempenho da atividade econômica. Enquanto 15,8% esperam crescimento superior ao que aponta o mercado, impulsionado pela aprovação de uma vacina contra o novo coronavírus, Selic baixa, demanda reprimida dos consumidores e utilização da poupança formada nos últimos meses.
O levantamento da Febraban é elaborado a cada 45 dias, logo após a divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). No mês de setembro, 19 bancos participaram da pesquisa. (Com Febraban)
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.