Ofertas no mercado de capitais atingem R$ 236,9 bilhões até o fim do terceiro trimestre

7 de outubro de 2020
Djgunner/GettyImages

Volume de emissões em 2020 está 21,4% abaixo do verificado no mesmo período de 2019

As ofertas das companhias brasileiras no mercado de capitais somaram R$ 84,2 bilhões no terceiro trimestre e contribuíram para o total de R$ 236,9 bilhões registrados no ano (até setembro). De acordo com os dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o volume de emissões em 2020 está 21,4% abaixo do verificado no mesmo período de 2019. Para os próximos meses, já estão em andamento operações que podem chegar a R$ 18,2 bilhões, além de ofertas em análise (desconsiderando as de ações) que equivalem a R$ 9,1 bilhões.

O destaque de 2020 são as operações de renda variável, com volume acumulado de R$ 69,2 bilhões até setembro. O resultado representa avanço de 20,5% sobre o mesmo período do ano passado. No ano, 11 IPOs (ofertas iniciais) já foram encerrados (somando R$ 13,8 bilhões) e sete estão registrados na CVM – com o encerramento da distribuição de todos, será o maior número de empresas abrindo capital na bolsa de valores brasileira desde 2007. Entre os follow-ons (ofertas subsequentes), 18 operações atingiram R$ 55,4 bilhões.

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“Mesmo ainda enfrentando a pandemia, o terceiro trimestre foi um bom momento para os IPOs. As operações realizadas até agora mostram que o nosso mercado está mais maduro e sadio e se consolida como importante fonte para as companhias levantarem recursos. Além disso, continuamos com os juros baixos, o que têm favorecido as boas ofertas”, afirma Sergio Goldstein, vice-presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima.

Na renda fixa, as debêntures representam a maior parcela de emissões do mercado de capitais no ano, com 31% do volume total de ofertas, o que corresponde a R$ 73,5 bilhões. O montante é 45,9% menor do que o registrado entre janeiro e setembro de 2019.

Entre os instrumentos de securitização, os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) se sobressaem, com 188 séries emitidas, acumulando R$ 9,9 bilhões entre janeiro e setembro. Os CRAs (Certificados de Recebíveis Agrícolas) chegaram a R$ 8,9 bilhões, a partir de 42 séries ofertadas. Considerados produtos híbridos entre renda fixa e variável, os fundos imobiliários também estão em alta, com volume de R$ 29,7 bilhões em 2020, o que representa avanço de 18,1% sobre o mesmo período do ano passado.

No mercado externo, 23 operações foram realizadas entre janeiro e setembro, totalizando R$ 102,6 bilhões (US$ 21,6 bilhões). Os destaques são as emissões de bonds, com volume de R$ 97,6 bilhões (US$ 20,5 bilhões). (Com Anbima)

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