O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou alta de 1,29% em setembro sobre o mês anterior, acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 1,0%.
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O IBC-Br mostra que os maiores impactos da pandemia de Covid-19 foram sentidos em março e abril, com a atividade entrando em um processo de recuperação desde então com a flexibilização das medidas de isolamento.
Ainda assim, a economia tem um longo caminho a percorrer. Na comparação com setembro de 2019, o IBC-Br apresentou perda de 0,77% e, no acumulado em 12 meses, teve queda de 3,32%, segundo números observados divulgados pelo BC.
A retomada econômica foi impulsionada por medidas do governo, destacadamente o pagamento de benefício a informais vulneráveis, com a ajuda do afrouxamento das medidas de isolamento. Outros componentes para a melhora incluíram aumento do crédito, programa de proteção ao emprego e flexibilização monetária, com a taxa básica de juros Selic na mínima histórica de 2% ao ano.
“Os riscos para a atividade relacionam-se à Covid-19 e aperto das condições financeiras por conta da delicada situação fiscal. Por outro lado, o câmbio e as medidas de suporte do governo devem ajudar na sustentação da atividade ao longo do final do ano”, avaliou o estrategista-chefe do banco digital modalmais, Felipe Sichel, em nota.
Em setembro, a indústria brasileira engatou o quinto mês seguido de aumento da produção, mas a recuperação das vendas varejistas perdeu força e o setor de serviços ainda não recuperou as perdas do ápice da pandemia.
O governo estima que o PIB contraia 4,7% neste ano, no que seria o pior resultado da série histórica. O mercado calcula contração da economia de 4,80% este ano e avanço de 3,31% em 2021, de acordo com a pesquisa Focus do Banco Central.
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