“Esse vencimento vai trazer muita liquidez. Vão precisar realocar. O mercado secundário, que já está forte, deverá acelerar mais”, afirmou Saads.
Segundo ele, à parte desse montante em vencimento, há no pipeline do mercado de capitais em torno de 20 operações (tanto no mercado offshore quanto local) que devem ocorrer até o fim de dezembro.
De acordo com Saads, as letras financeiras, por exemplo, chegaram a ser negociadas a 125% do CDI, número que caiu para cerca de 104% do CDI.
Numa outra frente, os bancos vêm aumentando as taxas de remuneração do CDB de liquidez –com resgate facilitado. Esses ativos têm sido ofertados a cerca de 100% do CDI, contra 80%, 85% antes, conforme o executivo da XP.
“No mundo corporate há uma demanda muito grande por letras financeiras curtas, com vencimento de até um ano, e também por debêntures de empresas com excelente rating para prazo de um ano e por CDB com liquidez”, disse.
“Estamos numa retomada das ofertas públicas… Apesar de termos tido aquele sofrimento nos meses pós-pandemia, o mercado de crédito está fortalecido, embora com alguma mudança no perfil do comprador”, disse Saads.
Segundo dados da Anbima, as emissões de debêntures somaram 10,2 bilhões de reais em outubro, equivalente a 29,01% do total emitido no mês e 5,84% acima do registrado em setembro. Os títulos relativos à securitização –incluindo CRI, CRA e FIDC– tiveram 2,4 bilhões de reais emitidos, queda de 56,23% ante setembro. (Com Reuters)
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