A expectativa é que as vendas de aços planos por distribuidores cresçam 8% este ano, para cerca de 3,7 milhões de toneladas, após um incremento de cerca de 10% em 2019. “Provavelmente, se continuarmos no mesmo ritmo, em 2021, teremos 7% ou 8% de crescimento”, afirmou o presidente do Inda, Carlos Loureiro.
Em outubro, as vendas dos distribuidores, setor que compreende cerca de um terço do consumo de aço das siderúrgicas do país, contabilizaram queda de 7,8%, para 371,7 mil toneladas, quando comparada a setembro, que ainda registrava forte movimento de recomposição de estoques na cadeia. Mas esse volume representou crescimento de 17% na comparação com outubro de 2019.
Segundo ele, o ritmo acelerado do setor no segundo semestre deve-se à forte queda nos estoques logo na sequência das medidas de quarentena contra o coronavírus do país. “Agora está começando a aparecer uma sensação de caminhar para a normalidade. O mercado em setembro e começo de outubro estava muito acima do normal”, afirmou Loureiro.
Esse ritmo motivou todas as siderúrgicas do país a voltarem a elevar preços de aço vendido aos distribuidores em novembro, em cerca de 10%, disse o presidente do Inda. Segundo ele, os setores industriais que mais estão demandando aço dos distribuidores são construção civil, energia eólica e solar, máquinas agrícolas, implementos rodoviários e caminhões.
Mais cedo, a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) afirmou que o crédito imobiliário com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) disparou 84% em outubro sobre um ano antes, para R$ 13,86 bilhões, impulsionado ainda pelo baixo patamar de juros no país.
“Continua com certa dificuldade no abastecimento, mas já menor que uns meses atrás”, afirmou Loureiro.
Segundo os dados do Inda, os distribuidores encerraram outubro com estoques de aços planos suficientes para apenas 1,8 mês de vendas, equivalente a 678,3 mil toneladas. (Com Reuters)
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