Os planos fazem parte de estratégia da XP para diversificar a base de clientes, ainda bastante concentrada em pessoas físicas, diz à Reuters o chefe da XP Empresas, Rodrigo Moreira.
Criada há cerca de um ano com foco em companhias com receita anual entre R$ 50 milhões e R$ 1 bilhão por ano, a unidade atendeu de início empresas pertencentes a pessoas que já eram clientes pessoa física na XP. A divisão passou neste ano a oferecer crédito, antes de incluir também na prateleira derivativos de balcão e soluções de câmbio.
Esse movimento foi uma novidade no país, onde a taxa de poupança das empresas, assim como das pessoas, sempre foi historicamente baixa. Com a pandemia, veio a percepção da necessidade de elevar o caixa, o que ficou mais acessível com redução do custos de capital, com a Selic a 2% ao ano, disse o executivo.
“Mas em quase 100% das vezes, os grandes bancos oferecem que as empresas apliquem recursos do caixa em CDB; mas a maturidade delas sobre gestão de caixa tem crescido e elas estão procurando por alternativas melhores”, disse Moreira.
Para a XP, esse cenário está dando vazão para os planos de tentar diversificar as fontes de captação.
Desde então, a captação oriunda de empresas tem sido ao redor de 20% do total da XP, mas ganhou pequeno acréscimo em relação ao total, dado que em 2020 também têm sido fortes as entradas de recursos por parte das pessoas físicas, disse Moreira.
Com uma base de 35 mil empresas clientes atualmente, um aumento de 70% em 12 meses, a XP agora prevê ter atendimento especializado a empresas em 250 de seus 659 escritórios no fim de 2021, o dobro do atual.
“Vejo potencial para podermos dobrar nossos ativos de empresas sob custódia em 18 meses”, disse Moreira. (Com Reuters)
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