Credit Suisse eleva preço-alvo de ADR da Petrobras

19 de janeiro de 2021
Arnd Wiegmann/Reuters

Elevaram as suas previsões para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) em 20%, para 2021 e 6%, para 2022

Analistas do Credit Suisse elevaram o preço-alvo dos ADRs (sigla em inglês para Recibos Depositários Americanos) da Petrobras para US$ 16, de US$ 15 anteriormente, e reiteraram recomendação ‘outperform’, citando previsões melhores para os preços do petróleo Brent, de acordo com relatório a clientes hoje (19).

“O Sr. Brent é um homem temperamental (figurativamente falando). Os preços do petróleo oscilam frequentemente entre muito baixos e muito altos. As petrolíferas, meras produtoras de commodities, são diretamente impactadas por esses ciclos de mercado. Embora essa máxima funcione para o mal, assim como para o bem, acreditamos que os preços estarão em ascensão em 2021.” Nesse cenário, Regis Cardoso e Marcelo Gumiero, elevaram as suas previsões para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) em 20%, para 2021 e 6%, para 2022.

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O Credit Suisse elevou as previsões para o Brent para US$ 59 por barril em 2021 (antes, US$ 50) e para US$ 63 por barril em 2022 (antes US$ 60) em função da fraqueza do dólar e da recente decisão da Arábia Saudita de buscar um corte voluntário de 1 milhão de barris em fevereiro e março. Por volta de 10:35, horário de Brasília, o Brent subia 1,2%, a US$ 55,41 por barril.

Na B3, as preferenciais da Petrobras avançavam 1,1%, a R$ 28,39, e as ações ordinárias valorizavam-se 0,8%, a R$ 29, enquanto o Ibovespa oscilava ao redor da estabilidade. Em Nova York, o ADR da ação ON da Petrobras era negociada a US$ 10,86 no mesmo horário.

De acordo com os analistas, embora os preços mais altos do petróleo sejam geralmente bons para as empresas petrolíferas, para os investidores da Petrobras eles também geram preocupações de interferência política nos preços da gasolina e do diesel. “Acreditamos que a Petrobras está atualmente atrasada na paridade de importação em cerca de 10%. Ainda assim, acreditamos que os preços acabarão por se equiparar aos preços internacionais e esse risco será muito mitigado no futuro, conforme a Petrobras alienar as refinarias”, afirmaram.

Além da expectativa para o Brent, Cardoso e Gumiero também citam que a companhia tem apresentado boas notícias do ponto de vista micro, com o plano de negócios alinhado com a geração de valor para acionista, progresso em desinvestimentos e foco nas operações no pré-sal, de alto rendimento e baixo break-even, o que significa menor intensidade de investimento.

Em relação ao resultado da petrolífera no quarto trimestre, os analistas esperam Ebitda de US$ 6,5 bilhões, provavelmente menor na base trimestral devido à produção de petróleo sequencialmente menor e aos spreads de petróleo derivado (crack) domésticos, parcialmente compensados pelos preços do petróleo ligeiramente mais altos.

A valorização do real dará uma contribuição positiva para o resultado final, avalia a equipe do banco, que espera lucro de R$ 2 bilhões, mas deve, no entanto, ter uma contribuição negativa para a alavancagem observada em dólar. (com Reuters)

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