O Ibovespa fechou o pregão desta segunda-feira (11) em forte queda, acompanhando o movimento de realização de lucros global diante da tensão política nos Estados Unidos. O índice brasileiro terminou o dia recuando 1,46% aos 123.255 pontos. Os democratas no Congresso norte-americano planejam votar o impeachment de Donald Trump nesta quarta-feira, alegando que o presidente incitou manifestações violentas e a invasão do Congresso na última semana.
O dia foi de correção em vários ativos de risco, como bolsas, moedas emergentes e petróleo, depois de uma escalada recente que levou as duas primeiras classes de ativos a patamares recordes. “Além de um movimento natural de realização, investidores monitoram a aceleração dos casos de coronavírus e a reta final do governo Trump”, disse o BTG Pactual digital.
“A realidade das bolsas de valores está muito atrelada à atual situação de liquidez, apesar de haver preocupações no radar”, disse o sócio da Monte Bravo Investimentos, Rodrigo Franchini, apontando o frágil quadro fiscal no caso do Brasil.
Nos primeiros quatro pregões de 2021, a bolsa paulista registrou entrada líquida de R$ 8,3 bilhões de recursos de investidores estrangeiros.
Em Wall Street, os índices também encerraram o dia em correção, com destaque para o benchmark de tecnologia Nasdaq Composite, que recuou 1,25% aos 13.036 pontos na sessão com investidores antecipando mais regulações sobre as empresas de redes sociais após o Twitter banir permanentemente a conta de Trump em sua plataforma.
McMillan disse que os investidores também estão preocupados com mais ataques. O FBI alertou sobre possíveis protestos armados sendo planejados em Washington e em todas as 50 capitais dos Estados Unidos na reta final para a posse do presidente eleito, Joe Biden, em 20 de janeiro, disse hoje uma fonte federal de segurança pública.
O mercado de câmbio brasileiro também iniciou a semana sob forte pressão, com o dólar emendando a quarta alta consecutiva contra o real e renovando máxima de fechamento em cerca de dois meses, a R$ 5,50 na venda com valorização de 1,69%. A moeda norte-americana foi puxada pela realização de lucros no mercado externo em meio a mais incertezas sobre os rumos da pandemia e a aumento nas taxas de juros de títulos dos EUA.
Nos indicadores, o Boletim Focus divulgado nesta manhã revela que o mercado passou a ver a taxa básica de juros mais alta neste ano e em 2022, com a Selic estimada agora em 3,25% em 2021 e em 4,75% em 2022, contra 3% e 4,50%, respectivamente, na semana anterior. A taxa básica de juros encerrou o ano passado na mínima histórica de 2%, e a primeira reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) acontece dias 19 e 20 de janeiro.
DESTAQUES DO IBOVESPA
Maiores Altas
GNDI3: +11,00% a R$ 101,45
HAPV3: +8,46% a R$ 18,20
PRIO3: +4,57% a R$ 77,85
BRKM5: +1,66% a R$ 25,10
USIM5: +1,21% a R$ 16,71
Maiores Baixas
CPLE6: -5,47% a R$ 69,31
YDUQ3: -5,12% a R$ 32,59
ENGI11: -4,88% a R$ 47,02
SBSP3: -4,75% a R$ 41,55
IRBR3: -4,75% a R$ 7,62
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Tenha também a Forbes no Google Notícias.