Safra de café do Brasil deve recuar 23% em 2021, diz Montesanto Tavares

13 de janeiro de 2021

Getty Images


Os contratos futuros do café negociados na ICE fecharam em queda ontem (12)


O Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo, deverá produzir 52,9 milhões de sacas de 60 kg em 2021, 23% abaixo do recorde de 68,21 milhões de sacas visto em 2020, disse ontem (12) o Grupo Montesanto Tavares.

De acordo com as estimativas da companhia exportadora, a produção brasileira de café arábica vai recuar 37%, para 31,23 milhões de sacas, enquanto a safra de robusta deve registrar alta de 17%, a 21,67 milhões de sacas.

O Grupo Montesanto Tavares é uma holding que controla fazendas, empresas exportadoras e companhias de trading de café no Brasil, Estados Unidos e Europa. É, também, um dos maiores exportadores de café do Brasil, tendo embarcado cerca de 2,4 milhões de sacas em 2020.

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O Brasil está entrando em um ano de baixa no ciclo bienal de produção do café arábica, que alterna anos de produções maiores e menores. Produtores e pesquisadoras, no entanto, veem a safra recuando mais do que o esperado em 2021, devido à longa seca de 2020, que teria afetado o período de floração, levando a um potencial de produção menor.

Contratos futuros do café

Os contratos futuros do café arábica negociados na ICE fecharam em queda ontem, após atingirem uma mínima de um mês na sessão anterior, diante do aumento nos estoques certificados pela bolsa de NY e de temores persistentes de que os lockdowns relacionados ao coronavírus estejam afetando a demanda.

As cafeterias norte-americanas retornarão aos níveis de vendas pré-pandemia somente no ano que vem, após o surto de Coronavírus derrubar cerca de um quarto do faturamento do setor no ano passado, disse a consultoria Allegra World Coffee Portal. Operadores afirmaram que o aumento recente nos estoques certificados pela bolsa também está pressionando o café. Os estoques certificados de arábica avançaram para 1,51 milhão de sacas nesta terça-feira, maior nível desde o último mês de agosto.

O contrato março do café arábica fechou em queda de US$ 0,05, a US$ 1,214 por libra-peso. Na segunda-feira (11), tocou uma mínima de um mês, a US$ 1,1875. (Com Reuters)

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