Em um mês marcado pela Black Friday, o dado contrariou a expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,4% e representou a primeira queda desde maio. Em seis meses consecutivos de ganhos, o volume de vendas acumulou crescimento de 32,2%. Em relação a novembro de 2019, as vendas subiram 3,4%, contra expectativa de alta de 4,9% e também perderam força após salto de 8,4% em outubro na base de comparação.
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Em novembro, das oito atividades pesquisadas, cinco tiveram aumento de vendas na comparação com o mês anterior. Entretanto, o desempenho de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com peso de cerca de 45% no índice, pesou sobre o resultado geral ao apresentar retração de 2,2% sobre outubro. Outras atividades a apresentarem perdas no varejo restrito foram combustíveis e lubrificantes, de 0,4%, móveis e eletrodomésticos, de 0,1%.
Segundo o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, esse resultado se deve à inflação elevada. “Se olharmos, por exemplo, para a receita das empresas dessa área, houve um declínio de 0,8%. E a diferença entre a receita e o volume de vendas demonstra um aumento de custos. Mas, além disso, é comum que o consumidor, quando tem uma queda de renda ou do seu poder de compra, passe a comprar menos produtos que não são essenciais e a optar por marcas mais baratas”, diz Santos.
Do lado positivo, destacaram-se as atividades de outros artigos de uso pessoal e doméstico, em que pesam principalmente as lojas de departamento, e de artigos farmacêuticos, medicinais, ortopédicos e de perfumaria. A primeira teve crescimento de 1,4% sobre outubro e a segunda apresentou alta de 2,6%. “As lojas de departamento foram alguns dos comércios mais impactados pelas medidas de fechamento adotadas no início da pandemia. Com a reabertura do comércio, essa atividade apresentou forte crescimento”, completou o gerente.
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