Atividade mais afetada pelas medidas de contenção ao coronavírus, o volume de serviços registrou em dezembro recuo de 0,2% na comparação com o mês anterior, de acordo com os dados divulgados hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
LEIA MAIS: Tudo sobre finanças e o mercado de ações
Com isso, o ano de 2020 marcou o pior resultado para os serviços no Brasil da série histórica iniciada em 2012 nesse tipo de indicador, superando a retração de 5% em 2016 e após estabilidade em 2018 e ganho de 1,0% em 2019.
“É um segmento que depende do consumo presencial, e as restrições impostas o afetaram de forma diferenciada. Isso fez com que serviços, dentro dos grandes grupos da economia, tenha tido o pior desempenho”, afirmou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Além disso, o setor ainda se encontra 3,8% abaixo do patamar de fevereiro, quando as medidas de isolamento social para controle da pandemia ainda não haviam sido adotadas. E terminou o ano operando em um patamar equivalente a maio de 2018, quando ocorreu a greve de caminhoneiros, segundo o IBGE.
“O mais importante para a retomada do setor de serviços é uma vacinação em massa da população, e é impossível dissociar a reação da questão sanitária. Isso vai tirar o receio das pessoas e aumentar a circulação delas, com maior consumo”, afirmou o gerente da pesquisa.
Números recordes
Em 2020, os setores que mais impactaram a queda são os ligados às atividades presenciais, como serviços prestados às famílias (-35,6%), os profissionais, administrativos e complementares (-11,4%) e os transportes (-7,7%), que apresentaram quedas recorde no período.
“Com a queda recente da taxa de juros, famílias e empresas passaram a procurar outras formas de investimento alternativas à poupança e estão migrando para investimentos de renda fixa ou variável”, disse Lobo. Em dezembro, duas das cinco atividades pesquisadas registraram taxas negativas, os serviços prestados às famílias (-3,6%) e os transportes, serviços auxiliares ao transportes e correio (-0,7%).
Já o índice de atividades turísticas teve estabilidade em dezembro sobre o mês anterior, após registrar sete taxas positivas seguidas. O segmento de turismo ainda precisa avançar 42,9% para retomar ao patamar de fevereiro, de acordo com o IBGE. No acumulado do ano, a retração foi de 36,7%. (com Reuters)
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.