O Ibovespa encerrou o pregão de hoje (23) em queda de 1,49% aos 113.261 pontos, em dia de volatilidade e cautela dos mercados globais diante do arrefecimento na expectativa de breve reabertura das economias com as vacinações. O avanço da terceira onda de contaminações na Europa pesou sobre o sentimento, com novos lockdowns e medidas de distanciamento social sendo endurecidas na Alemanha, França e Itália.
O recuo de 6% nos preços do petróleo, acompanhado por declínio nas ações da Petrobras, colaborou novamente para a pressão negativa sobre o índice brasileiro.
“A forte queda da confiança dos consumidores é resultado do recrudescimento da pandemia de Covid-19 em todo o país e do colapso do sistema de saúde em várias cidades”, explicou em nota a coordenadora das sondagens, Viviane Seda Bittencourt.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou hoje que o foco do Congresso, nesta e nas próximas semanas, é o enfrentamento à pandemia de Covid-19, além de outras prioridades, como as reformas administrativa e tributária, cujo cronograma alinhado com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), prevê que seja deliberada em oito meses. O senador também citou marcos setoriais, como projeto que reorganiza o de ferrovias no país, e ainda as privatizações, caso da capitalização da Eletrobras enviada pelo governo ao Congresso.
Pacheco anunciou ainda que a Casa já trabalha em um projeto de regularização tributária destinado a empresas. “Há um projeto que nós estamos trabalhando também… é o projeto do novo programa de parcelamento dívidas tributárias, o novo programa de regularização tributária”, disse o parlamentar.
Em sua participação, Janet falou sobre planos em desenvolvimento para futuros aumentos de impostos nos EUA, a fim de custear novos investimentos públicos. As declarações colocaram investidores em alerta e colaboraram com a pressão sobre as ações. O Dow Jones terminou o dia recuando 0,94% aos 32.423 pontos, o S&P 500 perdeu 0,76% aos 3.910 pontos e o Nasdaq registrou queda de 1,12% aos 13.227 pontos.
O dólar tomou fôlego nas últimas horas da sessão e fechou perto da estabilidade, recuando 0,05% e negociado a R$ 5,51 na venda, influenciado no fim do dia pela piora no sentimento externo. Ainda assim, o real teve desempenho bem melhor que seus pares na sessão, com investidores analisando a sinalização do Banco Central de mais elevações de juros.
“O real respondeu hoje ao que vem respondendo desde a semana passada: a sensação de que o BC está mais ‘hawkish’ (firme contra a inflação)”, disse Rogério Braga, sócio diretor e responsável pela gestão de renda fixa e multimercados da Quantitas, para quem a postura do BC está mudando a “instância de posicionamento no real pelo mercado”.
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.